A Lua Cheia desta sexta-feira (5) é a última da primavera no Hemisfério Norte e, por isso, marca o início da estação de colheita dos morangos na América do Norte. Por isso, os estadunidenses costumaram chamar a Lua de Strawberry Moon - Lua de Morango, em tradução literal.
O apelido para esta Lua Cheia foi documentado pela primeira vez em 1930, em um almanaque que reúne os nomes que tribos indígenas estadunidenses deram a todas as luas do ano. Apesar de ser chamada de Lua de Morango nos Estados Unidos, a última lua cheia da primavera é chamada de Honey Moon - Lua de Mel, em tradução literal - na Europa desde, pelo menos, 1500.
Todas essas tradições e apelidos vêm da cultura do hemisfério Norte, especialmente da parte Ocidental. No hemisfério Sul, entretanto, essa lua cheia em particular não tem uma tradição e nem um nome. Contudo, neste ano, a Lua de Morango será um evento interessante para todos os países, incluindo o Brasil. Isso porque, nesta sexta, haverá um eclipse lunar penumbral.
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De acordo com Miguel Moreno, coordenador do Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), o eclipse lunar penumbral vai estar visível no Brasil a partir do nascimento da Lua, marcado para às 17h54.
"A ordem é Sol, Terra e Lua, ou seja, a luz do Sol bate na Terra e, consequentemente, a Terra projeta atrás de si um cone de sombra, no qual a luz do Sol não bate. O meio desse cone é o que nós chamamos de umbra, que é a sombra. Quando a lua passa por ali, temos o eclipse lunar. Se apenas metade da Lua passar por ali, ocorre o eclipse lunar parcial e, se ela entrar totalmente nesse cone de sombra, temos o eclipse lunar total", explica Miguel sobre formação do eclipse lunar.
O coordenador do Gedal conta que, ao redor da umbra, existe ainda a penumbra, na qual a incidência da luz do Sol é diminuída. "Quando a Lua passa pela penumbra, ocorre um eclipse lunar penumbral, mas a diferença visível é pouca", afirma.
O eclipse lunar penumbral desta sexta estará visível no Brasil por um curto período de tempo. Por isso, é necessário estar preparado para a observação logo no início da noite - que marca o final do eclipse. Contudo, conforme alerta Miguel, a diferença é quase imperceptível.
O fenômeno estará mais visível na África, na Oceania e na Ásia.
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*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.