Pelas próximas três madrugadas, a Lua vai estar alinhada a outros três corpos celestes e o fenômeno poderá ser visto a olho nu. A conjunção do satélite natural da Terra com Júpiter, Saturno e Marte e, segundo o coordenador do Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), Miguel Fernando Moreno, quanto mais próximo do amanhecer, mais fácil de identificar.
A conjunção ocorre quanto dois ou mais corpos celestes parecem alinhados no céu, como já estão Júpiter, Saturno e Marte. "Por volta das 2h, ao olhar para leste, direção na qual nasce o sol, já é possível ver o alinhamento. Júpiter é a 'estrela' mais brilhante, logo abaixo, uma mais amarelada é Saturno e, um pouco mais para baixo, a 'estrela' avermelhada é Marte. Este alinhamento vem ocorrendo já há alguns dias”, explica Moreno.
Na madrugada desta terça (14), a Lua estará mais próxima de Júpiter. Na madrugada de quarta (15), estará entre Júpiter e Saturno e, na quinta (16), entre Saturno e Marte. A partir de então, o alinhamento da Lua começa a se distanciar dos outros corpos celestes.
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Usando um software, Moreno projetou como devem parecer as posições dos corpos celestes nos quatro dias:
14 de abril
15 de abril
16 de abril
17 de abril
Ilusão de ótica
Embora o fenômeno seja visível depois de 0h, Moreno avisa que não precisa ficar acordado ou despertar no meio da madrugada para observá-lo. "Quanto mais próximo do amanhecer, mais fácil visualizar”, afirma.
Apesar da impressão, os astros não estarão fisicamente alinhados, já que cada um está a uma distância da Terra: enquanto a Lua fica a 386.000 quilômetros da Terra, Saturno fica a 1,5 bilhão (1.500.000.000!) de quilômetros - Júpiter fica a 776 milhões de quilômetros de distância e Marte, apenas 200 milhões de quilômetros longe.
Significa que, apesar do que vemos no céu, o alinhamento não passa de uma "ilusão de ótica”. "Pense o Sistema Solar como um disco de vinil e é como se os planetas girassem em uma das trilhas de música. O Sol seria o ‘furo’ no meio do disco e as trilhas das oito músicas seriam o movimento dos planetas. Então, embora seja possível ver todos os planetas juntos, cada um está a uma distância e a Lua passa em frente a todos eles, mas a impressão é de que estão lado a lado”, compara o presidente do Gedal
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(Atualizado em 15/04/2020 às 07h18)