O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (29) que após cumprir o seu mandato, tem interesse em ajudar a desenvolver políticas internacionais centradas em ações socioeconômicasas, conforme artigo publicado, nesta semana, no jornal inglês Financial Times. Lula disse também que não tem a intenção de ter cargo na Organização das Nações Unidas (ONU).
"Há uma coisa muito rica no Brasil que é a participação social, as formas de definição de políticas públicas e o quanto é barato cuidar dos pobres e o que eu disse no artigo é que tenho interesse em dedicar o espaço do meu tempo para visitar países africanos e latino-americanos para trocar ideias com eles sobres as experiências bem-sucedidas no Brasil".
Lula, no entanto, fez questão de enfatizar que este gesto tem de ser tratado com muito cuidado para não ser interpretado como interferência. "Longe de mim que sou um defensor da soberania dos países querer ter ingerência, agora o que temos é um acúmulo muito rico de coisas que podem servir para os países".
Leia mais:
Sete meses após resgate no RS, cavalo Caramelo é adotado por universidade
Uber diz no STF que liberdade é incompatível com vínculo pela CLT
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
STF discute vínculo de emprego entre Uber e motoristas antes de julgar caso decisivo
Perguntado sobre a afirmação, em tom de brincadeira, do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que sinalizou a possibilidade de o presidente brasileiro retornar a ocupar o posto, após o mandato de seu sucessor, Lula rechaçou tal hipótese. "Eu me contentarei em ser cabo eleitoral", disse ele, insinuando que a candidata do PT, Dilma Rousseff saia vencedora nas eleições deste ano e que ele a apoie para um eventual segundo mandato.
As declarações do presidente foram feitas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), logo após o encerramento do encontro Brasil-Itália: Novas Parcerias Estratégicas.