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Caso Mércia

'Mizael não vai se entregar', diz defesa

Agência Estado
07 dez 2010 às 19:38

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O advogado de defesa do ex-policial militar Mizael Bispo de Souza afirmou, em entrevista ao estadão.com.br, que seu cliente está em Guarulhos e não vai se entregar a polícia. Na tarde desta terça-feira, 7, a Justiça de Guarulhos decretou a prisão preventiva de Mizael e do vigia Evandro Bezerra Silva, acusados do assassinato de Mércia Nakashima, em maio deste ano.

Segundo Samir Haddad Junior, defensor de Mizael, a prisão preventiva é um absurdo. "Ele compareceu a audiência e há jurisprudência que permita que as pessoas respondam em liberdade", disse. Haddad contou que assim que soube seria decretada a prisão preventiva de seu cliente, orientou Mizael a não voltar para casa. "Ele deu uma sorte imensa. Me ligaram avisando que poderia ter sido decretada a prisão e ele não voltou pra casa."

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Na opinião de Haddad, o juiz errou ao decretar a prisão de Mizael. "Ele não forjou provas", afirmou. O advogado irá recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)apenas na próxima semana. Segundo ele, a desembargadora Angélica Almeida, que já julgou outros recursos do caso, volta ao Tribunal no próximo dia 16. "A desembargadora já conhece o caso, prefiro esperar para que ela mesma julgue mais esse pedido de habeas corpus", afirmou.

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A principal razão para Mizael não se entregar, segundo seu advogado, é grande vergonha que isso causaria. "Também há possibilidade de violência física e psicológica", acredita Haddad. Caso o habeas corpus seja negado pelo TJ-SP, cliente e advogado irão analisar o que fazer.


Na decisão de hoje, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, da Vara do Júri de Guarulhos, também determinou que Mizael e Evandro sejam levados a júri popular. O advogado informou que irá recorrer também desta decisão e que tem um prazo de 15 dias para isso.

"Não provas prova nem indícios para um júri popular", conclui Haddad, que acredita que existem apenas maledicências contra seu cliente. "Não há nada que coloque Mizael na cena do crime, apenas provas técnicas discutíveis", classificou.


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