A Polícia Federal (PF) cumpre nesta segunda-feira (8), por determinação da Justiça, dois mandados de busca e apreensão: um em Campinas e outro em São Paulo, no âmbito da Operação Cálice de Hígia, que investiga irregularidades na compra de medicamentos de alto custo. De acordo com a PF, nos últimos sete anos, o setor público gastou R$ 1,2 bilhões em negociações do gênero.
Em nota, o órgão informou que, em Campinas, funciona uma associação responsável por ajuizar uma série de medidas solicitando, em caráter liminar, o fornecimento de um medicamento que ainda não conta com aprovação definitiva pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O comunicado relata que, só no Distrito Federal, foram identificados pelo poder Judiciário 900 pedidos de compra. No ano passado, até setembro, tinham sido gastos mais de R$ 560 milhões com a aquisição do medicamento.
Uma parte expressiva das solicitações foram feitas por uma associação de pacientes, que é responsável por captar tanto portadores da Síndrome Hemolítica Urêmica atípica (SHUa) como casos de diagnóstico inconclusivo ou negativos da doença. Há suspeita de que o representante da indústria farmacêutica detentora dos direitos de exploração do medicamento repasse valores a advogados para eles defenderem pacientes ou supostos pacientes na aquisição dos medicamentos.
Leia mais:
Com sorteio nesta quinta, Mega-Sena tem prêmio estimado em R$ 3,5 milhões
Trabalho de casa e filhos afastam jovens negras do emprego e do estudo
Ganhador da Mega-Sena morre menos de um mês após resgatar prêmio de R$ 201 milhões
Prazo para envio de títulos no CNU termina nesta quinta-feira (5); veja próximos passos
O nome da operação é uma referência a um dos símbolos da farmácia, o cálice dourado com uma serpente enrolada.