Os petroleiros podem entrar em greve nacional na próxima segunda-feira (23). No Paraná, a paralisação deve atingir a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, a Usina do Xisto, de São Mateus do Sul e a Transpetro, em Paranaguá que realiza o embarque de derivados de petróleo (gás de cozinha, gasolina, querosene de aviação e óleo combustível) nos navios.
As principais reivindicações da categoria são preservar os postos de trabalho nas empresas contratadas pela Petrobras, acabar com as condições precárias de trabalho e os acidentes, garantir o pagamento das horas extras dos feriados e estabelecer regras e pagamento justos da participação nos lucros e resultados. O diretor do Sindipetro e secretário de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Anselmo Ruoso Junior, disse que desde 1998 foram 160 trabalhadores mortos no Brasil, sendo dois no Paraná.
A greve deve durar ao menos cinco dias, mas pode ser estendida por tempo indeterminado. Ele disse que a ideia é manter um efetivo mínimo de trabalhadores para não prejudicar a população com o abastecimento de derivados de petróleo. No entanto, nada impede que a produção seja totalmente paralisada.
A Petrobras informou que acredita na negociação e que a empresa está aberta ao diálogo. Durante a greve, a companhia está preparada para um plano de contingência que evite queda na produção.