A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira, 6, a Operação Eldorado, destinada a desarticular uma organização criminosa responsável pela extração ilegal de ouro e comercialização no Sistema Financeiro Nacional. A operação pretende cumprir 28 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em sete estados: Pará, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Outras oito pessoas são procuradas para prestar depoimento sobre os crimes. A investigação mostrou que três empresas estavam envolvidas no esquema, sendo que apenas uma delas movimentou sozinha mais de R$ 150 milhões.
Mais de 300 policiais federais participam das buscas, além de 80 policiais dos locais onde era extraído o ouro e de fiscais do Ibama - eles participam da investigação desde o início, em fevereiro, informa a PF.
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As pessoas detidas foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos, que constatou a prática de crimes ambientais - exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição - , crimes contra a ordem econômica - usurpação de bens da União - e contra o Sistema Financeiro Nacional, além de lavagem de dinheiro.
O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, segundo a Polícia Federal, era adquirido por empresas Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários (DTVM's). Após dissimular a origem dos metais, elas o vendiam como ativo financeiro para investidores da cidade de São Paulo.