O inquérito que deu origem à Operação Lava Jato foi encerrado pela Polícia Federal em maio, sem o alarde feito na quinta-feira (6) sobre a decisão de dissolver o Grupo de Trabalho de policiais que atuavam exclusivamente no escândalo Petrobras. A investigação tinha como alvo a atuação do doleiro Alberto Youssef na lavagem de R$ 1,4 milhão, do ex-deputado federal José Janene (PP-PR) - morto em 2010 -, no Posto da Torre, em Brasília, do doleiro Carlos Habib Chater.
"O presente inquérito policial foi instaurado em 2013 com o objetivo de instruir parte da investigação que posteriormente ficou conhecida como Operação Lava Jato", informa despacho do dia 15 de maio, assinado pelo delegado Igor Romário de Paula, da PF de Curitiba.
O inquérito policial 1041/2013 foi aberto em 8 de novembro de 2013, pelo delegado Márcio Adriano Anselmo, que iniciou as investigações que desencadearam a primeira fase da Lava Jato, que prendeu em março de 2014 o doleiro Alberto Youssef - velho conhecido da Justiça Federal, do Caso Banestado - e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Leia mais:
STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes por conteúdos
Percentual de jovens que não estudam nem trabalham é o menor da série histórica, diz IBGE
Candidatos incluídos no Concurso Nacional Unificado devem enviar títulos até esta quinta-feira
The Town terá Green Day, Sex Pistols, Iggy Pop e Pitty em noite do rock em 2025
O inquérito nasceu de uma descoberta feita por Anselmo nas escutas telefônicas que tinham sido autorizadas pelo juiz federal Sérgio Moro, nos telefones da lavanderia de dinheiro de Chater. "No curso da interceptação, surgiram, porém, indícios de práticas de crimes por terceiros que não compõem o grupo criminoso dirigido por Carlos Chater, em espécie de encontro fortuito de provas", escreveu Moro, ao autorizar as investigações desmembradas de um inquérito aberto ainda em 2009.
"O presente feito desmembrado teria por objeto as atividades do suposto operador de câmbio negro Alberto Youssef, personagem notoriamente atuante no mercado paralelo de câmbio, cujas atividades ficaram conhecidas no assim denominado 'Caso Banestado'", informa Moro, em despacho do dia 8 de novembro de 2013.