A Polícia Federal dobrou o número de agentes envolvidos na Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de "tribunal" que julga recursos de grandes contribuintes em débito com a Receita Federal.
O esforço é para a análise do farto material apreendido em escritórios e nas casas dos investigados durante a Operação Zelotes, deflagrada na última quinta-feira, 26. Além de veículos de luxo e R$ 1,8 milhão em espécie, os policiais recolheram muitos documentos sobre os processos sob suspeita.
A Zelotes apura suposto pagamento de propina a conselheiros do Carf, em troca de extinção ou redução dos débitos com a Receita. Ao todo, estão sob suspeita de participar do esquema 74 contribuintes.
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Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no último sábado, 28, entre eles há gigantes dos setores bancário, frigorífico, telefônico, além de montadoras, empresas de energia e estatais, como a Petrobras.
Desde a última quinta-feira, 26, ao menos 19 pessoas foram ouvidas pela PF, nove conselheiros e ex-conselheiros do Carf. Também prestaram depoimento assessores de integrantes do conselho e outros citados na operação, entre eles João Inácio Puga, do Conselho de Administração do Banco Safra.
Ele teria participado de operação para pagar R$ 28 milhões de propina a conselheiros do órgão, conforme reportagem publicada nesta quarta-feira, 1º, pelo jornal "O Globo". O Safra não comentou o assunto.
A Justiça Federal decretou quebras de sigilos bancário e fiscal de envolvidos, além da indisponibilidade de bens.