Um Inquérito foi instaurado nesta sexta-feira, 5, pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo para investigar o cunho preconceituoso de mensagens contra nordestinos, publicadas no site de relacionamentos Twitter após confirmação da vitória de Dilma Rousseff como presidente da República.
Em uma delas, a estudante de Direito Mayara Petruso escreveu que "nordestino não é gente", dentre outras ofensas. Segundo a delegada titular do caso, Margarette Corrêa Barreto Gracia, os autores do crime podem ser acusados pelo crime de discriminação, previsto no artigo 20 da lei 7776/89.
Por causa de suas opiniões, a estudante foi demitida do escritório Peixoto e Cury, onde estagiava, e poderá ser investigada pela procuradora Melissa Garcia Blagitz de Abreu e Silva, da 9ª Vara Federal Criminal da Procuradoria da República de São Paulo. A área técnica de crimes cibernéticos do MPF/SP está preparando material sobre o caso.
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No Twitter, Mayara escreveu que "matar um nordestino afogado" seria "um favor a SP" e criticou o programa do governo federal Bolsa-Família. "AFUNDA BRASIL. Deem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalhava pra sustentar os vagabundos que fazem filho pra ganhar bolsa 171", postou a estudante. Após a repercussão de seus comentários, ela apagou suas contas no serviço de microblogging e no Facebook.