Um psicólogo forense vai traçar, na próxima semana, o perfil psicológico de Aparecido Alves, o homem que assumiu ter sido o autor e executor da chacina de Doverlândia (GO), ocorrida na noite de sábado (28), com sete pessoas degoladas. A partir do laudo psicológico a polícia vai encarar a real personalidade de Aparecido. Até o momento, nos depoimentos e na primeira reconstituição da cena do crime, Aparecido Alves não demonstrou culpa ou remorso. E se mostrou insensível em relação às pessoas que foram mortas.
Na fazenda, sete pessoas foram assassinadas a sangue frio: Lázaro de Oliveira Costa, 57, dono da fazenda; Leopoldo Rocha Costa, 22, filho do fazendeiro; Heli Francisco da Silva, 44, vaqueiro da fazenda; Joaquim Manoel Carneiro, 61, amigo do Lázaro; Miraci Alves de Oliveira, 65, mulher de Joaquim; Adriano Alves Carneiro, 24, filho do casal; e Tâmis Marques Mendes da Silva, 24, noiva de Adriano. O resultado das autópsias dos sete corpos ainda não foi divulgado.
As investigações da polícia esbarram, no momento, na busca de pistas de outros bandidos, na motivação do crime, e de provas como traços de sêmen no corpo da noiva de Adriano, que teria sido estuprada por Aparecido Alves após a chacina na fazenda. A Polícia de Goiás também não divulgou se há outros crimes ou homicídios atribuídos a Aparecido Alves. Embora o ex-peão da fazenda assuma responsabilidade pela matança, a Polícia Técnica entende que "seria impossível" que ele tenha agido sozinho.