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Desrespeito

Policiais brincam durante reconstituição do Caso Claudia

Agência Estado
03 abr 2014 às 17:08

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A reconstituição da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos, teve momento tenso na tarde desta quinta-feira, 3, quando a filha mais velha se exaltou ao ouvir uma brincadeira entre policiais civis e militares que participam da simulação. "Eles estão debochando, rindo. Mas não são eles que estão sem mãe", reagiu Thaís, de 18 anos.

Um policial civil tentou afastá-la, e ela foi amparada pelo advogado João Tancredo. "Agora quem está sem mãe não são eles, são os meus irmãos. Sou eu. Eu que estou sem família", gritou a moça. Thaís só se acalmou quando foi abraçada pelo pai, Alexandre Fernandes da Silva.

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Os peritos já fizeram a reconstituição com base no relato dos policiais presos, o tenente Rodrigo Medeiros Boaventura, comandante da operação, e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno. Ambos disseram que patrulhavam a rua quando cerca de 15 criminosos subiram as escadas. Boaventura disse que um deles estava com fuzil. Isso contradiz o depoimento de testemunhas, que disseram que os traficantes estavam com pistolas.

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Começou há pouco a reprodução com base no depoimento do policial Adir Serrano. Ele contou que não estava na rua e correu ao ouvir os disparos. Disse ter visto Boaventura já chamando socorro. O carro da polícia estava na parte baixa do Morro da Congonha. Serrano contou que pegou Claudia no colo. "Vi que ela estava se mexendo." Não se lembra em que posição a encontrou e disse tê-la levado para a viatura já cercada por "populares hostis".

Não houve reconstituição do momento em que ela foi colocada no veículo policial - Claudia foi posta na caçamba do carro, que abriu com o veículo em movimento. A auxiliar de serviços gerais foi arrastada e morreu no hospital no dia 16 de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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