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Após protestos

Prefeito suspende alvará do Instituto Royal por 60 dias

Agência Estado
25 out 2013 às 20:24

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Um dia depois de ter vistoriado as instalações e considerado que estavam aptas a funcionar, o prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa (PMDB), suspendeu nesta sexta-feira, 25, por 60 dias, o alvará de funcionamento do Instituto Royal. Segundo ele, a suspensão resultou de um acordo com o próprio instituto para que sejam apuradas denúncias de maus-tratos dos animais.

O prefeito recebeu deputados federais que integram uma comissão externa da Câmara criada para apurar os supostos maus-tratos aos cães. O instituto foi invadido na madrugada do último dia 18 por ativistas que retiraram 178 cães da raça beagle, usados em testes com medicamentos. As instalações foram depredadas.

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Os parlamentares Iara Bernardi (PT-SP), Ricardo Tripoli (PSDB-SP), Ricardo Izar (PSD-SP) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP) cobravam o imediato fechamento da unidade por entender que existem práticas de maus-tratos. O grupo se dirigia, no início da noite, ao instituto para vistoriar as instalações na companhia do deputado estadual Feliciano Filho (PEN) que também estava na cidade. O prefeito seguiu para o local para notificar os funcionários que lá estivessem sobre a paralisação das atividades. No dia anterior, ele dissera que as instalações eram adequadas para as pesquisas feitas pelo instituto e que não via razão para suspender o alvará.

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Mais cedo, os parlamentares haviam se reunido com o promotor Wilson Velasco Júnior, que investiga denúncias de maus tratos contra os animais desde 2012, e sugeriram que o Ministério Público Estadual enviasse à Justiça um pedido de fechamento do instituto. O grupo também conversou com o delegado do município, Marcelo Pontes, que até quinta-feira estava à frente das investigações. O caso, agora, é apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Sorocaba.

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De acordo com o deputado Protógenes, presidente da comissão, o objetivo é reunir novos documentos que comprovem os maus-tratos sofridos pelos cães. "Já temos documentos que provam o que os animais passavam no local. Queremos fechar essa instituição e fiscalizar os R$ 5 milhões de recursos públicos que foram repassados ao instituto", disse. Ele considera importante recuperar os 178 cães levados durante a invasão para que passem por perícia. Até quinta-feira, 24, apenas três animais tinham sido recuperados.


Os deputados tiveram acesso a uma relação de fornecedores de cães da raça beagle ao instituto e constaram que, entre eles, figura a Fazenda Angolana, também localizada em São Roque. O documento mostra que o instituto tinha muitos fornecedores e que a fazenda fornecera, no período de dois anos, três animais.

Os donos da fazenda, que vêm sendo ameaçados por ativistas, haviam negado a venda de beagles ao Royal. Na relação, há indícios de que o instituto vendia os cães após os testes. A direção do instituto divulgara que os cães eram doados, e não vendidos, após os testes.


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