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Todos detentos

Rebelião em presídio de Pernambuco termina com seis mortos

Agência Estado
24 jul 2016 às 19:48

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Uma rebelião realizada na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, terminou com seis mortos e 11 feridos. O tumulto ocorreu na última sexta-feira (22), mas as informações só foram confirmadas pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) no sábado (23), depois de declarações feitas pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Carvalho, que alertou sobre a "fragilidade" da segurança da unidade, onde atualmente estão abrigados 1.922 detentos.

Durante a rebelião, pelo menos dois prédios foram atingidos pelas chamas de um incêndio provocado pelos detentos. A identidade das vítimas e dos feridos não foi divulgada. Todos os mortos eram presos. Um inquérito será aberto para apurar as mortes registradas.

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As visitas desse sábado foram suspensas, provocando nervosismo e preocupação entre as famílias dos detentos. Em nota, a Seres afirmou que não houve fuga e a situação é considerada estável no presídio. A motivação da rebelião, no entanto, não foi esclarecida.

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Na noite do sábado, em entrevista a uma rádio local, o secretário de Ressocialização, Pedro Eurico, afirmou que os presidiários estariam "insatisfeitos com a transferência de um grupo de detentos para outras unidades prisionais do Estado".

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De acordo com o sindicato dos agentes penitenciários, o número de profissionais atuando, por plantão, é insuficiente e o clima é de "muita insegurança". Segundo a entidade, o presídio está com mais que o dobro de sua capacidade, que é de 800 vagas.


"Temos de seis a sete agentes por plantão. Estamos falando de uma unidade com quase dois mil presos. Era para ter pelo menos 80 agentes. Há grupos rivais disputando o comando da unidade e algo ainda mais grave pode acontecer a qualquer momento", destacou Carvalho.

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Decapitação


Imagens captadas pelas câmeras de segurança teriam, segundo o presidente do sindicato, gravado cenas da decapitação de um dos mortos. Mas a informação não foi confirmada pela Seres.

Participaram do combate à rebelião policiais do Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres) e efetivos das polícias Militar e Civil.


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