A Cruz Vermelha já começou a recusar doações às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. O motivo é o excesso de suprimentos recebidos no último mês, o que fez a entidade abrir um armazém a cada quatro dias para acomodar os donativos. Prédios e até igrejas servem de centro de distribuição.
"Os donativos precisam ser separados por tamanho e utilização. Alimentos devem ficar longe dos remédios, roupas, sapatos, materiais de limpeza e de higiene pessoal. Pouquíssimas pessoas vão até as sedes da entidade para fazer esse serviço", conta Andrea Nogueira, que desde os primeiros dias após a catástrofe trabalha como voluntária em uma igreja de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
O administrador da filial da Cruz Vermelha do Estado do Rio, Marcos Bastos de Amorim, diz que a cada quatro dias um novo espaço é aberto para o armazenamento das doações. "Quem olha de fora tem a impressão de que estamos estocando os materiais. Mesmo despachando todos os dias caminhões com os suprimentos, é muita coisa. O que facilita os desvios". Amorim pede que os voluntários continuem contribuindo com o trabalho. "Ainda precisaremos da colaboração de todos. Principalmente das transportadoras", afirma.
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Mortes
O número de mortos em consequência das fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro entre 11 e 12 de janeiro chegou a 872 nesta quarta-feira, 2, segundo o último boletim da Polícia Civil do estado.
As inundações e deslizamentos, segundo os números divulgados pela Agência Brasil, deixaram 421 mortos em Nova Friburgo, 354 em Teresópolis, 71 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, quatro em São José do Vale do Rio Preto e um em Bom Jardim.. O Ministério Público do Rio de Janeiro considera que 427 pessoas estão desaparecidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.