Os sobreviventes de acidente com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez um pouso em meio à Floresta Amazônica na última quinta-feira (29), contaram que tiveram cerca de cinco minutos para deixar a aeronave antes que ela afundasse no Rio Ituí.
De acordo com relato do filho de um dos sobreviventes, Marineu Cardoso, que passou a noite com a mãe no hospital de Cruzeiro do Sul, os passageiros do Cessna C-98 Caravan conseguiram deixar rapidamente o avião. "Em aproximadamente cinco minutos, o avião começou a afundar. Alguns entraram em pânico", descreveu Marineu à Agência Brasil, acrescentando que sua mãe contou que o piloto teve muita habilidade para pousar a aeronave.
Segundo ele, que só não embarcou no avião da FAB porque o orçamento da Operação Gota havia acabado, sua mãe contou que eles conseguiram sobreviver após o acidente se alimentando com suprimentos do próprio avião.
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"Eles passaram por muita aflição, mas o piloto ajudou muito na preparação dos passageiros. Ele informava todo o tempo que a aeronave estava com problemas e iria fazer um pouso forçado. Eles ficaram na margem do rio e pegaram mantimentos da aeronave que boiavam pelo rio. Eles se ajudaram e conseguiram sobreviver", acrescentou.
Cardoso disse ainda que uma índia que estava caçando próximo ao local do acidente viu o avião voando baixo e, em seguida, não ouviu mais o barulho do aparelho. Com isso, voltou para a aldeia e avisou a Funai. "Isso ajudou muito. Foi uma das peças-chave para localizar a aeronave".
O agente de saúde afirmou que, junto com um parente de uma das vítimas, chegou a organizar a logística para entrar na mata e ajudar na busca por sobreviventes. No entanto, desistiu do plano quando foi anunciado o resgate.
Ele disse que viveu momentos de angústia. "No início, chorei bastante. Mas depois tentei me manter forte. Chegamos a preparar a logística para ajudar nas buscas, mas, felizmente, eles foram encontrados."