Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mas não legaliza o uso da droga

Supremo Tribunal Federal fixa 40g de maconha para diferenciar usuário de traficante

André Richter - Agência Brasil
26 jun 2024 às 17:59

Compartilhar notícia

- Antônio Cruz/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, nesta quarta-feira (26), fixar em 40 gramas ou seis plantas fêmeas de Cannabis sativa a quantidade de maconha para caracterizar porte para uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes.


A definição é um desdobramento do julgamento no qual a Corte decidiu ontem (25) descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O cálculo foi feito com base nos votos dos ministros que fixaram a quantia entre 25 e 60 gramas nos votos favoráveis à descriminalização.  A partir de uma média entre as sugestões, a quantidade de 40 gramas foi fixada.

Leia mais:

Imagem de destaque
E tem rede social!

Sete meses após resgate no RS, cavalo Caramelo é adotado por universidade

Imagem de destaque
Saiba mais

Uber diz no STF que liberdade é incompatível com vínculo pela CLT

Imagem de destaque
Mais procurados

Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024

Imagem de destaque
Audiências públicas

STF discute vínculo de emprego entre Uber e motoristas antes de julgar caso decisivo


Como fica

Publicidade


A descriminalização não legaliza o uso da droga. O porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público, mas as consequências do porte passam a ter natureza administrativa, e não criminal.


A decisão não impede abordagens policiais, e a apreensão da droga poderá ser realizada pelos agentes. Nesses casos, os policiais deverão notificar o usuário para comparecer à Justiça. 

Publicidade


Entenda


O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

Publicidade


A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvo de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.


Com a decisão, a Corte Suprema manteve a lei, mas entendeu as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários. A advertência e a presença obrigatória em curso educativo estão mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal. 

Publicidade


O registro de reincidência penal também não poderá ser avaliado contra os usuários. 


Competência do STF

Publicidade


Durante a sessão, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, rebateu as acusações sobre invasão de competência para julgar a descriminalização. Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que cabe ao Congresso decidir a questão.


Barroso disse que o Supremo deve decidir o caso porque recebe e julga os habeas corpus de presos. "Essa é tipicamente uma matéria para o Poder Judiciário. Nós precisamos ter um critério para definir se a pessoa deve ficar presa, ou não, ou seja, se nós vamos produzir um impacto dramático na vida de uma pessoa, ou não.  Não há papel mais importante para o Judiciário do que decidir se a pessoa deve ser presa, ou não", afirmou.

Publicidade


Delegacia


Pela decisão, os usuários poderão ser levados para uma delegacia quando forem abordados pela polícia portando maconha. Caberá ao delegado pesar a droga, verificar se a situação realmente pode ser configurada como porte para uso pessoal e encaminhar o caso para a Justiça.


As novas regras para usuários serão válidas até o Congresso aprovar nova regulamentação sobre o tema.


LEIA TAMBÉM:


Imagem
Ensino integral avança no Brasil, mas alunos mais novos, do Norte e áreas rurais ficam de fora
Uma das poucas metas que avançaram no Plano Nacional de Educação, a ampliação da educação em tempo integral ocorreu de forma desigual no país, deixando de fora os alunos mais novos, da região Norte e das áreas rurais.
Imagem
Biden concede indulto a militares dos EUA condenados por sexo gay
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (26) que vai conceder indulto a militares condenados por uma lei que reprimiu a comunidade LGBTQIA+ no Exército por décadas, com o objetivo de corrigir "um erro histórico".
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo