A Secretaria de Saúde de Campinas, interior paulista, está investigando a suspeita de um caso da doença da vaca louca que, em humanos, é conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob.
Segundo a secretaria, exames preliminares sugeriram a possibilidade de que o paciente esteja contaminado pelo mal, mas a confirmação definitiva será feita pela Universidade de São Paulo (USP). A Vigilância em Saúde Municipal foi notificada sobre o caso na última sexta-feira (12).
A doença é contraída ao ingerir carne de animais contaminados, ou seja, não há transmissão entre seres humanos. Nos bovinos, ela é conhecida como encefalopatia espongiforme bovina e atinge tanto animais machos quanto fêmeas, apesar do nome vaca louca. Nos humanos, o agente contaminante é uma proteína chamada príon, que causa problemas musculares, demência e leva à morte. O mal da vaca louca nunca foi registrado em bovinos no Brasil, sendo que os primeiros casos em seres humanos foram notificados na Inglaterra.
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A assessoria do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas, onde o homem está internado, disse que a família pediu sigilo absoluto sobre o caso, por isso não há informações sobre os sintomas ou detalhes sobre o estado de saúde do paciente. Sabe-se somente que ele viajou recentemente à Europa. Uma informação confirmada pelo hospital é que há a suspeita de que ele sofra de doença priônica, tipo de mal neurológico que classifica doenças tais como a doença da vaca louca.
A literatura médica relata que os primeiros sintomas da doença são ansiedade, lapsos de memória, perda de equilíbrio, alucinações repentinas, sonolência e perda de coordenação. Posteriormente, o paciente fica com os músculos endurecidos e mostra apatia ao ambiente externo. Há relatos de que a pessoa contaminada não reconhece amigos e parentes antes de chegar ao estágio final, que é uma espécie de coma, fase em que a pessoa não consegue mais comer e beber.