Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, exibida na noite de ontem (26) deu novos contornos ao caso que chocou o Brasil há oito anos: Suzane Von Richthofen teria acusado uma terceira pessoa de ser o autor intelectual da morte de seus pais, crime do qual ela participou e foi condenada há 38 anos de prisão.
A presidiária também acusou o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves de tê-la assediado em 2007. Segundo depoimento da jovem, em duas ocasiões ela permaneceu na sala de audiência com o promotor, que teria feito declarações de amor, declamado poesias e colocado música romântica.
O promotor negou as acusações em entrevista ao programa, confirmando somente tê-la beijado no rosto em público, mas afirmou que jamais a chamou pelos apelidos de "Su" ou "Suzi".
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Pela denúncia, o promotor foi suspenso por 22 dias pela Corregedoria do Ministério Público e não receberá salário. O advogado de Gonçalves disse que irá recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público porque um erro foi cometido contra seu cliente.
Desdobramento
Na entrevista ao "Fantástico", o promotor também disse que em uma das audiências com Suzane, ela fez a revelação de que teria havido a participação de uma outra pessoa no crime. "Ela afirmou categoricamente que uma terceira pessoa, que não os irmãos Cravinhos, foi quem planejou a morte", disse o promotor.
Segundo o "Fantástico", porém, Suzane não assinou as declarações em nenhum documento oficial. O advogado dela não comentou o caso.
A advogada da família Cravinhos, Gislaine Jabur, disse ao "Fantástico" que a declaração do promotor "é desprovida de qualquer documento que comprove que Suzane tenha falado o que ele esta afirmando".