A tragédia na cidade mineira de Janaúba - quando o segurança de uma creche ateou fogo em crianças – deixou sete mortos e 43 feridos. Os pacientes mais graves são 13 e foram todos encaminhados ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, referência em queimaduras no Estado.
Outras vítimas foram transferidadas para Montes Claros e 13 permanecem no município. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6), em entrevista coletiva que reuniu autoridades na prefeitura da cidade.
O governador Fernando Pimentel esteve em Janaúba na quinta-feira (5) para acompanhar os trabalhos de assistência aos feridos e aos familiares das vítimas
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O caso
Na manhã de quinta-feira (5), o vigia Damião Soares dos Santos, 50 anos, entrou na escola na qual trabalhava e ateou fogo nas crianças e em si mesmo. O vigia foi uma das pessoas que morreu. Também morreu a professora Helley Abreu Batista, 43 anos, que chegou a tentar impedi-lo fisicamente, e que ajudou no resgate de crianças.
A creche Gente Inocente, do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei), localizada no bairro Rio Novo, é pública e recebe crianças de até 6 anos. Além do vigia e da professora, morreram cinco crianças de 4 anos.
O médico responsável pela equipe médica que atendeu as vítimas, Helvécio Albuquerque, disse que graças à "atuação conjunta de polícias, do Corpo de Bombeiros, de profissionais da saúde e de voluntários, além da sociedade civil, foi possível fazer todos os atendimentos e encaminhamentos necessários".
Segundo Albuquerque, além do atendimento imediato, as vítimas vão precisar de uma série de cuidados, devido às queimaduras, e de acompanhamento psicológico, tanto para as vítimas quanto para as famílias. Segundo Albuquerque, quatro pessoas estão com 80% ou mais do corpo queimado, sendo que queimaduras que atingem acima de 70% do corpo são consideradas gravíssimas.