A dificuldade de transporte público no fim de semana e a distância entre a residência e os locais de prova definidos pelo Ministério da Educação foram as maiores reclamações de estudantes que chegaram atrasados e perderam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A demora dos ônibus em passar nos pontos prejudicou principalmente quem trabalhava e não pôde sair mais cedo para fazer a prova.
Gustavo de Souza, 18 anos, tentaria sua primeira prova neste ano. Morador do Recanto das Emas, cidade a cerca de 30 quilômetros do Plano Piloto de Brasília, chegou às 13h05 porque teve que esperar o pai retornar do trabalho. Ele faria a prova no campus do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) na Asa Norte.
Se diversos candidatos não prestaram atenção no horário, outros foram precavidos em excesso. O garçom Otávio Rocha Neto, 49 anos, chegou ao local da prova, no Iesb da Asa Sul, às 10h30, uma hora e meia antes da abertura dos portões."Saí de casa de manhã cedo, por volta das 7h, porque tinha dúvidas sobre onde seria a prova", explicou o garçom, que tentará uma vaga em um curso de educação física e tinha ido primeiro à unidade da mesma faculdade na Asa Norte.
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Mesmo quem chegou a tempo reclamou do transporte público e da distância dos locais de prova. Moradora de Santa Maria, outra cidade da periferia de Brasília, a estudante Jessica Cavalcante, 20 anos, saiu de casa duas horas antes do fechamento dos portões. "O ideal seria terem marcado a prova perto do meu colégio", disse Jessica, que também estuda em Santa Maria.