O número de mortos, desalojados e desabrigados continua subindo nos dois estados do Nordeste mais atingidos pelas chuvas – Pernambuco e Alagoas. Foram encontrados em Pernambuco os corpos de mais três vítimas, que ainda não foram identificadas. Com isso, subiu para 15 o total de mortes no estado e para 44 em toda a região afetada.
Segundo a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), o número de desabrigados chegou a 17.808 e o de desalojados (pessoas que deixaram suas casas e estão em abrigos públicos ou casas de parentes) a 24.552. Até hoje (23), 54 municípios foram afetados pelas chuvas. Trinta deles estão em situação de emergência e nove em estado de calamidade pública.
Mais de 260 toneladas de donativos já foram distribuídas nas cidades atingidas. Segundo dados da Codecipe, 191,5 toneladas de alimentos e mais 60 de água foram entregues.
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Em Alagoas, a situação continua crítica. Os temporais já provocaram 29 mortes. Mais de 600 pessoas estão desaparecidas, 4.897 estão desalojadas e 26.618 desabrigadas. Mais de 7 mil casas estão danificadas e mais de 11 mil foram destruídas.
Norte do Estado
As áreas mais atingidas são as do norte do estado, na divisa com Pernambuco. Os municípios mais atingidos foram Santana do Mundaú, que está praticamente isolado, e União dos Palmares. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, informou, no entanto, que as pessoas que estavam ilhadas nos dois municípios já foram resgatadas.
O Exército também está distribuindo mantimentos em parceria com a Defesa Civil. "Todos, desde o primeiro momento, atenderam ao nosso chamado", disse o governador, que se reuniu também com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Jobim sobrevoou os estados de Alagoas e Pernambuco para avaliar os estragos causados pelas chuvas.
Segundo Vilela, em Alagoas, o volume de chuvas foi pequeno – o problema maior foram as cheias dos rios que vêm de Pernambuco.
De acordo com o governador, as obras do estado foram paralisadas para dar prioridade às emergências. Vilela também informou que pretende retirar as casas próximas dos rios. "As pessoas têm essa tradição medieval de construir casas na beira dos rios. Não se pode viver dessa forma novamente", afirmou.