O vice-presidente da República, José Alencar, considerou a violência "altamente preocupante" e disse que manteve a calma durante a tentativa do golpe de falso sequestro da qual foi vítima no domingo, quando estava no Rio de Janeiro. "Eu estava sozinho, em casa, e atendi um cidadão dizendo que havia sequestrado minha filha. Ele a colocou no telefone, ela chorou e disse: ''Papai, eu fui assaltada''. E eu tinha absoluta segurança de que era ela, pela voz. Então, eu dialoguei com o camarada por algum tempo, com paciência, e no fim acabou tudo bem", disse.
Alencar contou que o interlocutor lhe pediu R$ 50 mil e que travou o seguinte diálogo com o suposto sequestrador: "Eu disse para ele: eu não tenho nada aqui, eu estou no Rio, eu não tenho dinheiro aqui. ''Não tem joia?''. Eu disse, não tem joia. ''Mas sua mulher não tem joia?'' Não tem joia, ela não usa joia. ''Qual é a atividade do senhor?'' Eu disse: eu sou vice-presidente da República. Ele disse assim: ''O quê?'' Eu sou o vice-presidente da República. ''Qual é o nome do senhor?'' José Alencar Gomes da Silva. E nisso chegou o meu pessoal, a Marisa e as meninas, elas ligaram para a Maria da Graça, minha filha. Ela estava em casa, tudo bem".
Alencar considerou que o interlocutor "ficou na dúvida" quanto estar falando com o vice-presidente. "Papai nos ensinava uma coisa muito importante. Papai ensinava que o desespero não ajuda. Então eu tive calma. Tudo bem, passou." Segundo Alencar, não houve tempo para nenhum pagamento.