O gabinete do senador Flávio Arns confirmou agora pela manhã a morte de sua tia, Zilda Arns, 73, médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança.
Zilda estava no Haiti e foi uma das vítimas do terremoto que atingiu ontem, terça-feira (13), o país.
Zilda Arns Neumann nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina, e morava em Curitiba. O senador Flávio Arns participará da missão oficial brasileira que irá ao Haiti.
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Pelo menos quatro militares morreram no Haiti, segundo confirmou o Exércio Brasileiro hoje pela manhã. O Brasil lidera as tropas de paz da ONU no Haiti e tem 1.266 militares no país.
Vida e obra
Irmã do cardeal-arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, Zilda dedicou sua vida a trabalhos de solidariedade, apostando na educação como ferramenta para combate a doenças infantis e à desnutrição. Em 1983, a pedido do irmão, inciou os trabalhos da Pastoral da Criança, uma entidade que tem o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e atua em 27 países.
Um dos principais projetos que Zilda coordenava era o de Alimentação Enriquecida, que consistia em educar as populações carentes sobre meios de enriquecer a alimentação do dia a dia com alimentos disponíveis na região. Além da Pastoral da criança, Zilda Arns também estava envolvida na coordenação da Pastoral da Pessoa Idosa, e participava como representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional da Saúde e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Sua atuação rendeu diversos prêmios e homenagens no Brasil e no mundo, entre eles a comenda da Ordem do Rio Branco (2001), Prêmio de Direitos Humanos (2000), Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (conferido em 1998 pela Unicef), Heroína da Saúde Pública das Américas (conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde em 2002), o prêmio Woodrow Wilson (2007), além de ter recebido o título de doutor honoris causa em cinco universidades. Em 2001, a Pastoral da Criança brasileira concorreu ao Prêmio Nobel da Paz, conferido ao então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. (Com Agência Estado).