A Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-Ld) assinou na
quarta-feira (18) a ordem de serviço para a construção de 70 casas no
Assentamento Eli Vive, no Distrito de Lerroville, zona sul. A solenidade foi
realizada na Escola Municipal do Campo, Trabalho e Saber, localizada no Eli
Vive I. A previsão é que as obras estejam concluídas em 18 meses.
No total, o projeto para o assentamento prevê a construção de 167 unidades habitacionais, sendo que as demais serão viabilizadas pelas entidades Associação de Desenvolvimento Comunitário de Londrina (Adecol) e União Por Moradia Popular do Paraná (UMP). Viabilizada através do Programa Minha Casa, Minha Vida Rural, do governo federal, a iniciativa contará com R$ 12.675.000,00 em recursos da União, acrescidos de R$ 2 milhões de subsídio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), por meio de convênio.
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O presidente da Cohab, Luciano Godoi Martins, destacou que
as famílias contempladas passarão a contar com residências de qualidade,
realizando o sonho da casa própria. “Esse apoio da Prefeitura e da Cohab é
muito importante, pois essas famílias não teriam condições financeiras para
efetuar essas melhorias. Seguiremos investindo em empreendimentos de habitação
para a região rural de Londrina”, disse.
Comissão administrará
as verbas
Por meio do projeto, os recursos serão liberados pela Caixa
Econômica Federal para as famílias, que contratarão a construção dos imóveis
junto à construtora Gael Engenharia.
Uma comissão formada por um representante da Cohab e
moradores ficará responsável pela administração das verbas. Conforme as
construções avançarem, equipes técnicas da Companhia de Habitação farão
medições nas casas e solicitarão a transferência dos recursos, que será
realizada por etapas, à Caixa Econômica.
O superintendente executivo de Habitação da Caixa Econômica
Federal, Valdemar Martins, agradeceu à Cohab pela parceria e salientou que a
instituição fará o acompanhamento técnico de todas as etapas da iniciativa.
“Temos o expertise técnico, mas também prezamos pela questão social. O que
buscamos é oferecer dignidade e segurança para essas famílias”, sublinhou.
60% não pagarão pelo imóvel
É importante destacar que as famílias que recebem Bolsa
Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) não pagarão qualquer taxa.
As demais pagaram apenas uma taxa única de R$ 750. Dentre as famílias que serão
atendidas por meio da Cohab-Ld, mais de 60% não pagará nada pelo imóvel.
As casas viabilizadas pela Companhia de Habitação, que serão
construídas nos terrenos de propriedade das famílias, terão cerca de 46 m2 e
estrutura completa, contando com base de radier e forma de concreto. A seleção
dos beneficiários foi um processo conduzido pelas lideranças locais, que já
conhecem as famílias e suas necessidades. Essa escolha foi então validada pelo
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para garantir a
regularidade da ocupação de cada família.
'Esperamos muito
tempo por isso'
O coordenador do Eli Vive e agricultor, Edelvan Carvalho,
residente no assentamento desde 2009, explicou que a construção de moradias
populares era uma demanda da comunidade havia muitos anos. “Em 2014, a gente
entrou com um processo junto à Cohab, mas em 2016 essa iniciativa foi travada.
Dois anos atrás, com o reinício das atividades do Minha Casa, Minha Vida, a
gente reorganizou todos os documentos das famílias e encaminhou novamente para
receber esse benefício. É maravilhoso ver esse trabalho se concretizando e
contemplando tantas famílias de trabalhadores rurais”, pontuou.
A agricultora Dorothy Aparecida da Costa, moradora do Eli
Vive há 13 anos, disse que a comunidade do assentamento está muito feliz com a
conquista dessas moradias. “Esperamos muito tempo por isso, porque temos nossas
casas, mas são moradias muito simples, de madeira. Moro junto com o meu esposo
e a minha filha. Esse presente que nós ganhamos foi a melhor notícia do ano”,
contou.
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