Vinte de dezembro. Perto de 46 milhões de pessoas em todo País, entre aposentados, pensionistas, servidores públicos, operários e todo tipo de trabalhadores respiram aliviados com o 13º salário no bolso. A maioria paga dívidas roladas durante o ano; quando o dinheiro sobra, aproveita para fazer aplicação, geralmente em poupanças. Por último, os trocados que restam vão para as compras de natal.
Só no Paraná, 3,9 milhões de pessoas vêem sua renda engordar nesta época do ano. Para o comércio, significa um alívio para um ano que trouxe tanta instabilidade financeira. Afinal, o 13º salário injeta na economia brasileira nada menos do que R$ 28 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão em nosso Estado.
A população ocupada no Estado com idade acima de dez anos é de 4,4 milhões de pessoas, segundo a última Pesquisa Nacional de Domicílios (Pnad) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 1999. Destas, 995 mil, o correspondente a 21,5%, trabalham por conta própria.
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A pesquisa também mostra que o número de pessoas que não recebem o 13º salário cresceu 20% em relação a 1992 quando existiam 831 mil pessoas trabalhando por conta. Já os outros 50% têm seu próprio negócio por opção, ou porque a renda é superior ao ganho como assalariados, pela flexibilidade de horário ou mesmo pela autonomia.
Entre os 995 mil, 263 mil trabalham na agricultura, 200 mil estão na prestação de serviços (psicólogos, advogados etc). Mas há um exército considerável vivendo em condições mais precárias: são 172 mil no comércio de mercadorias (ambulantes, pipoqueiros etc) e 128 mil em bicos para a construção civil.
Leia mais da reportagem de Maigue Gueths na Folha de Londrina/Folha do Paraná