A direção da Copel está tendo de explicar na Justiça a formação de uma sociedade com dois grupos privados que dá poderes de comercialização de energia no mercado atacadista, um dos negócios mais rentáveis do novo modelo energético do País. A Tradener, primeira comercializadora formada no País, foi montada pela Copel e pela empresa paulista Logos Engenharia. Um ano depois foi modificado o contrato social para a entrada da D.G.W. Participações, do empresário paranaense e aliado político do governo, Donato Gulin.
A ação popular que questiona a criação da Tradener está desde 15 de agosto na 1ª Vara da Fazenda Pública. Ela foi movida pelo advogado Carlos Abrão Celli, que alega estar agindo por conta própria sem motivação política ou a mando de adversários do governo. Celli deu entrada também em outras três ações que questionam empresas formadas pela Copel em parceria com grupos privados.
A denúncia que pesa contra a Copel é o fato de a mesma ter feito uma sociedade participando como minoritária, o que seria contrário à lei federal e sem respaldo de lei estadual. É questionado também quais foram os critérios para escolha da Logos e da D.G.W. "Por que a família Gulin foi convidada e não outro grupo?", questiona o advogado. Ele diz que o correto seria a realização de licitação pública para escolher os parceiros.
"A estatal que detém o monopólio de energia o transferiu por simples alteração de contrato para empresa particular que não é do ramo, o que não é possível", diz a argumentação do advogado, encaminhada à Justiça. A Logos é uma prestadora de serviço que atua com gerenciamento e planejamento. A D.G.W. tem como atividades econômicas serviços de locação, arrendamento e intermediação de bens imóveis e como holding (controladora de participações societárias), segundo documentação da Junta Comercial do Paraná.
Quando a Tradener foi formada, em 1998, a Copel tinha 45% da sociedade e a Logos Engenharia 55%. Um ano depois, entrou no negócio a D.G.W. ao comprar parte das ações da Logos. O ex-diretor da Copel Walfrido Ávila, que havia sido indicato pela estatal para gerenciar a Tradener, hoje é um dos sócios da D.G.W. e atua como diretor-presidente da Tradener.
O advogado ressalta ainda que é "curioso" o fato de a D.G.W ter sido constituída meses após a Tradener. Procurado pela Folha, o diretor-presidente da Tradener não quis se pronunciar. "Só irei me manifestar em juízo. Ainda não fomos citados", afirmou Walfrido Ávila, pela sua assessoria de imprensa.
O juiz Luiz Osório Moraes Panza já mandou citar os envolvidos na ação. No caso da Tradener, são o presidente da Copel, Ingo Hubert; o diretor financeiro da Copel, Fernando Schauenburg; o diretor-superintendente da Logos, José da Costa Carvalho Neto; o diretor técnico da Logos, Fábio Ramos; e os sócios-gerentes da D.G.W. Participações, Donato Gulin e Walfrido Ávila. Pela Tradener serão citados Jorge Tadeu Caliari e Arlei Bichels, ambos diretores da empresa.
A ação popular que questiona a criação da Tradener está desde 15 de agosto na 1ª Vara da Fazenda Pública. Ela foi movida pelo advogado Carlos Abrão Celli, que alega estar agindo por conta própria sem motivação política ou a mando de adversários do governo. Celli deu entrada também em outras três ações que questionam empresas formadas pela Copel em parceria com grupos privados.
A denúncia que pesa contra a Copel é o fato de a mesma ter feito uma sociedade participando como minoritária, o que seria contrário à lei federal e sem respaldo de lei estadual. É questionado também quais foram os critérios para escolha da Logos e da D.G.W. "Por que a família Gulin foi convidada e não outro grupo?", questiona o advogado. Ele diz que o correto seria a realização de licitação pública para escolher os parceiros.
"A estatal que detém o monopólio de energia o transferiu por simples alteração de contrato para empresa particular que não é do ramo, o que não é possível", diz a argumentação do advogado, encaminhada à Justiça. A Logos é uma prestadora de serviço que atua com gerenciamento e planejamento. A D.G.W. tem como atividades econômicas serviços de locação, arrendamento e intermediação de bens imóveis e como holding (controladora de participações societárias), segundo documentação da Junta Comercial do Paraná.
Quando a Tradener foi formada, em 1998, a Copel tinha 45% da sociedade e a Logos Engenharia 55%. Um ano depois, entrou no negócio a D.G.W. ao comprar parte das ações da Logos. O ex-diretor da Copel Walfrido Ávila, que havia sido indicato pela estatal para gerenciar a Tradener, hoje é um dos sócios da D.G.W. e atua como diretor-presidente da Tradener.
O advogado ressalta ainda que é "curioso" o fato de a D.G.W ter sido constituída meses após a Tradener. Procurado pela Folha, o diretor-presidente da Tradener não quis se pronunciar. "Só irei me manifestar em juízo. Ainda não fomos citados", afirmou Walfrido Ávila, pela sua assessoria de imprensa.
O juiz Luiz Osório Moraes Panza já mandou citar os envolvidos na ação. No caso da Tradener, são o presidente da Copel, Ingo Hubert; o diretor financeiro da Copel, Fernando Schauenburg; o diretor-superintendente da Logos, José da Costa Carvalho Neto; o diretor técnico da Logos, Fábio Ramos; e os sócios-gerentes da D.G.W. Participações, Donato Gulin e Walfrido Ávila. Pela Tradener serão citados Jorge Tadeu Caliari e Arlei Bichels, ambos diretores da empresa.