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Advogado cria grupo em redes sociais para promover empregos a LGBTs

Luís Fernando Wiltemburg - Grupo Folha
13 out 2020 às 19:43
- Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Com apenas uma semana de existência, o grupo de Facebook "Profissionais LGBTQIA+ Londrina e Região” já angaria 1,5 mil participantes. A comunidade, criada pelo advogado Paulo Carneiro, já aproxima empregadores e trabalhadores de Londrina, firmando novos contratos de trabalho.


Carneiro, que também faz parte da sigla LGBT, é envolvido com as causas relacionadas aos direitos humanos e, em sua atuação, diz ter percebido que nem sempre o mercado de trabalho é receptivo aos profissionais que se identificam com a sigla. "Então, pensei que a comunidade poderia se unir e um ajudar o outro. Daí veio a ideia de criar um grupo [na rede social] onde as pessoas ofertam trabalhos e serviços, divulgam seus comércios. E, assim, um vai apoiando o outro”, conta.

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Apesar de ser voltado a fomentar a empregabilidade LGBT, a participação no grupo não é exclusiva para este público. Entretanto, para ser admitida, a pessoa precisa seguir regras: só são aceitas publicações relativas a trabalho e pessoas héteros ou cis só podem participar como empregadores.

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Derrubando barreiras

A resistência a empregar um profissional LGBT, acredita o advogado, "existe em quase todas as áreas” e um estereótipo ainda vigente na sociedade acaba restringindo a área de atuação dessas pessoas a segmentos como a arquitetura, beleza e estética, moda e artes. "Mas [os LGBTs] são advogados, engenheiros, médicos, pedreiros”, ressalta.

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O preconceito é maior, diz Carneiro, quando a pessoa é transexual. "Quando falamos destas pessoas, entramos em uma problemática ainda maior. Não conseguem empregos de forma alguma. Por isso, muitas acabam indo para o caminho da prostituição. E é esta realidade que eu quero mudar na cidade”, diz.


Primeiros contratos

A mudança, ao que parece já começa a surtir efeito. Formado há dois anos, o professor de Educação Física Gean Sampaio de Melo conseguiu, por meio do grupo, um emprego em uma escola de Londrina.

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Ele corrobora com a percepção de Carneiro de que o estereótipo sobre homossexuais acaba empurrando-os para setores como vendas ou salões de beleza. "Eu não quero ser cabeleireiro, não tenho este perfil. Mas, muitas vezes, [a pessoa] acaba optando porque acreditam que é a única opção em que se encaixa”, diz.


Após formado, Melo acabou trabalhando como vendedor e instrutor em uma academia de Londrina, mas "não deu muito certo”, afirma - ele também acredita que sua orientação sexual pode ter influenciado no fim do contrato de trabalho.


Agora, contratado, aguarda a possibilidade de retorno das aulas para poder trabalhar em sua área de atuação. A oportunidade surgiu depois que amigos indicarem a existência da comunidade na rede social. "Foram pessoas da comunidade LGBT que estão se ajudando, por conta não por preconceito, mas, pela dificuldade de estarmos trabalhando na nossa área”, diz.


O profissional de Educação Física afirma que, em sua área de formação, o preconceito não é tão forte. "Mas, ou você já tem um nome, ou tem de lutar para fazer seu nome. [O grupo é] Uma forma de todos se ajudarem, alguém que está na área há muito tempo, de levar outro. É o que eu espero fazer pelos outros.”

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