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Ata da 112ª reunião do Comitê de Política Monetária

Jason Vieira - Economista - GRC Visão
22 set 2005 às 11:03

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O Banco Central divulgou hoje (25/Ago) a ata da 112ª reunião do Comitê de Política Monetária, onde os juros foram reduzidos em 25 b.p. para 19,50%a.a. No documento, o comitê reitera cenário de inflação benigno mais definido que no momento da reunião anterior.

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O item "A atividade econômica deverá continuar em expansão, mas em ritmo condizente com as condições de oferta, de modo a não resultar em pressões significativas sobre a inflação", foi mantido e cita que o aumento dos combustíveis retirou a pressão de alta nos preços devido ao valor do petróleo no mercado internacional e "(...) reduziu um foco de incerteza importante na construção de cenários para a evolução dos preços em 2005 e, principalmente, em 2006". A projeção de aumento dos combustíveis de 7,5% é contra posta à projeção de queda de -1,7% nos preços e de continuidade de queda nos preços dos alimentos.

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O Banco Central foi bastante cuidadoso na ata em relação a perspectivas de flexibilização da política monetária, condicionando o processo de queda da Selic à manutenção efetiva do cenário benigno de inflação. Porém se põe bem mais aberto a observar este cenário concluindo que "Dessa forma, a flexibilização da política monetária não comprometerá as importantes conquistas dos últimos meses no combate à inflação e na preservação do crescimento econômico com geração de empregos".


Na sua conclusão, o colegiado do Banco Central deixa claro que não houve indicador de viés e que vai observar atentamente o cenário prospectivo de inflação para definir os próximos passos da política monetária.

O tom da ata do COPOM foi cauteloso em alguns pontos, porém podemos considerar que a tendência de flexibilização da política monetária está garantida, pois em outros pontos, o colegiado do Banco Central se pôs mais otimista do que na reunião anterior.
Levando-se em conta o baixo risco de externalidades à economia brasileira e as projeções de inflação, é concreta a possibilidade do Banco Central afrouxar ainda mais a política monetária, com um corte 50 p.b., mas se reserva à possibilidade de rever essa posição de maneira mais conservadora.


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