O número de empregados registrados em carteira aumentou 0,30% no Paraná em fevereiro. Foram criados 4.241 novos postos de trabalho no Estado, totalizando 1.419.395 empregos formais. No acumulado do bimestre, a taxa de emprego cresceu 10,41% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor é o melhor da década de 90. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Para o economista técnico do Dieese, Cid Cordeiro, esses números revelam um bom cenário da economia paranaense. "Podemos constatar um bom ritmo de crescimento econômico", analisou. Um setor que contribuiu para isso foi o das montadoras, o segundo que mais empregou em fevereiro, perdendo apenas para o de ensino, que se destacou por causa do início das aulas.
A área de transportes, que inclui as fábricas de automóveis, teve uma variação positiva de 1,47%, com um saldo positivo de 286 vagas, entre admissões e demissões. "Está se reduzindo o nível de contratação, mas as montadoras ainda têm um ritmo que as colocam como uma das maiores empregadoras", afirmou Cordeiro.
Leia mais:
Receita abre consulta a lote da malha fina de novembro do Imposto de Renda
Mulheres são as mais beneficiadas pelo aquecimento do emprego formal no país
Consumidores da 123milhas têm uma semana para recuperar valores; saiba como
Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20
Na opinião do economista, em março o Paraná deverá registrar ainda uma alta, criando de 5 a 6 mil novos postos de trabalho. Porém o cenário pode mudar no segundo semestre, por causa do aumento da taxa de juros para 16,25% ao ano, anunciado na quarta-feira pelo governo federal. "Isso desacelera a economia o que diminui a geração de empregos", disse.
De março de 2000 a fevereiro deste ano, as montadoras foram as que mais abriram vagas no Paraná, contabilizando um aumento de 18,21% no nível de emprego formal. Em segundo lugar ficou o da indústria de mecânica, seguido pelo de materiais elétricos. Os setores que mais demitiram nesses meses foram o da administração pública (diminuindo em 2,03% os postos de trabalho), o da agricultura (2,18%) e o da indústria de alimentos e bebidas (2,78%).
Em comparação com outros Estados, o Paraná ocupa a 14ª posição referente a fevereiro, mas pula para o 9º lugar em termos de empregos formais acumulados em 2001. Tomando como base apenas a região Sul, o desempenho paranaense ficou atrás de Santa Catarina, que teve um crescimento de emprego formal de 0,81%. No Rio Grande do Sul o índice foi de 0,21%.