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Boatos apontam novas desistências da Copel

Carmem Murara e Maria Duarte - Folha do Paraná
11 out 2001 às 10:19

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O anúncio feito nesta semana sobre a desistência da espanhola Endesa e da norte-americana AES no leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) abriu nesta quarta margem para uma onda de especulações de que duas novas empresas estariam na iminência de se retirar do processo. As informações eram de que a alemã RWE e o consórcio brasileiro VBC teriam recuado. Fontes do governo chegaram a confirmar a saída da RWE, mas, oficialmente, o Palácio Iguaçu negou. A onda de boatos é atribuída ao próprio mercado financeiro, onde estão empresas que têm interesse em valorizar ou derrubar ações da Copel.
Segundo fonte ligada ao governador Jaime Lerner, o comunicado sobre a desistência da RWE deverá chegar ao Palácio nos próximos dias. A mesma fonte, que concordou em passar informações desde que não tivesse o nome revelado, disse que o governo já esperava que muitas empresas desistissem do leilão, após acessarem o "data room" da Copel, sala de dados onde se encontram as informações estratégicas da companhia.
O próprio governador Jaime Lerner disse, nesta terça, considerar "normal" o desinteresse de alguns grupos. O secretário do Planejamento, Miguel Salomão, também segue a linha do governador e diz que as baixas não representam um problema. "A maior surpresa desse processo é o número de interessados na Copel, não o de desistentes", afirmou. Ele disse que em privatizações anteriores no setor elétrico, apenas três ou quatro grupos participaram do leilão.
Desde o dia 16 de julho, quando foi aberto o data room da Copel, 11 empresas compraram o direito de acessar os dados. Foram a Endesa, EDF, Duke Energie, Tractbel, Enel Power, Hydro Quebec, AES, NRG, RWE, Consórcio VBC e Cemig. Entre estas já houve desistências confirmadas que foram da francesa EDF, da espanhola Endesa e da norte-americana AES. A Cemig coletou dados, mas não demonstrou novos interesses.
As especulações em torno dos recuos, faz com que os opositores à privatização comemorem. O coordenador-executivo do Fórum Contra a Venda da Copel, ex-deputado Nelton Friedrich, disse ontem que o governo deveria desistir do leilão. "Fazemos um apelo à sensibilidade do governo, para que aja com lucidez". Para Friedrich, as desistências indicam que a venda da Copel é um "mau negócio".

COMO ESTÁ A DISPUTA
Desde que foi aberto o "data room", em 16 de julho até ontem, 11 empresas pagaram US$ 35 mil para ter acesso às informações sobre a Copel. Elas tiveram oportunidade de visitar as usinas e acessar os números relativos à empresa. De lá para cá três já desistiram
Desistências:
EDF (França)
Endesa (Espanha)
AES (Estados Unidos)
Desistências não confirmadas:
RWE (Alemanha)
VBC – Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa (Brasil)
Ainda estão no processo
Tractbel (Bélgica)
NRG (Estados Unidos)
Duke Energie (Estados Unidos)
Enel Power (Itália)
Hydro Quebec (Canadá)
Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais (Brasil)

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