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"Vaca Louca"

Brasil suspende importação de produtos bovinos do Canadá

Agência Brasil
28 mai 2003 às 10:09

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu nesta terça-feira, por tempo indeterminado, as importações de bovinos, seus produtos e subprodutos procedentes do Canadá, em razão da ocorrência da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a chamada doença da "vaca louca".

Com o objetivo de preservar o patrimônio pecuário nacional, o Ministério incluiu nessa proibição produtos como carnes, miúdos, embriões, hemoderivados, farinhas de sangue, de carne e de osso autoclavado, resíduos de açougue e abatedouros, vísceras de aves, além de ingrediente ou matéria-prima composta por vísceras de animais alimentados com proteína ou gordura de ruminantes.

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Não estão incluídas na suspensão produtos como sêmen, leite e produtos lácteos, colágeno obtido de peles e farinha de ossos calcinados.

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De 1997 a abril deste ano, o Brasil importou US$ 3,2 milhões em bovinos reprodutores de raça pura.

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Durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, nesta terça-feira, no Ministério, foi discutido o novo cenário do comércio internacional do produto a partir do surgimento da "vaca louca" no Canadá.


Com a doença, importadores como México, Estados Unidos e Japão suspenderam as compras daquele país.

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"Temos que ficar atentos e conseguir uma fatia do mercado do Canadá, que é quarto maior exportador de carne bovina do mundo e detém 83% das vendas para os Estados Unidos", disse o gerente do setor privado da câmara, Antenor Nogueira.


No entanto, para o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Ênio Marques, o maior ganho para o Brasil será com uma possível elevação nos níveis dos preços.


"O Brasil ainda não faz parte da rota de comercialização de carne do Canadá, por isso devemos acompanhar a movimentação dos preços em função da queda da oferta do produto", observou.

Ele acrescentou que os Estados Unidos, onde o consumo per capita é de mais de 40 kg/ano de carne, terão que se auto-abastecer e, em conseqüência, deixarão de atender seus mercados tradicionais.


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