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Caem as vendas industriais no Paraná

Vânia Casado - Folha de Londrina
09 abr 2002 às 17:25

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As vendas da indústria paranaense iniciaram 2002 em queda, após uma alta de 24% registrada durante todo o ano passado. Nos dois primeiros meses do ano as vendas caíram 3,24% em comparação ao mesmo período de 2001. O desempenho da indústria do Paraná foi prejudicado pela crise da Argentina, explicou o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), José Carlos Gomes Carvalho.

Para Carvalho, as expectativas para este início de ano eram bem mais sombrias. A previsão do empresário era que as vendas industriais caíssem 10% no primeiro trimestre do ano. ''Mas houve uma retomada de algums setores que reduziram o impacto da crise'', interpretou Carvalho.

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O desempenho negativo da indústria foi liderado por setores que acumularam altas expressivas nas vendas durante o ano passado como o de bebidas, alimentos, têxtil, indústria da transformação e de transporte. Por outro lado, a indústria de produtos farmacêuticos e veterinários, papel e papelão, perfumaria, sabão e velas, que tiveram desempenho negativo no ano passado, estão com desempenhos positivos neste início de ano.

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Apesar do resultado negativo da indústria do Paraná neste início de ano, Carvalho não vê motivos para pessimismo. Segundo ele, os indicadores econômicos para este ano são positivos e a indústria tem condições de reverter os resultados negativos.

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A indústria do Paraná poderá crescer entre 5% e 10% até o final do ano. O empresário disse que o conflito do Oriente Médio ainda não preocupa e que os preços do petróleo estão em níveis toleráveis. Além disso, o Brasil reduziu sua dependência do petróleo importado de 65% para 24%.


O presidente da Fiep não tem esperança da recuperação rápida da Argentina, daí ele destacou que muitos empresários paranaenses estão indo atrás de novos mercados para compensar a queda nas exportações para o mercado argentino.

Segundo Carvalho, a economia argentina foi atropelada pela globalização e hoje existe produção de alimentos com qualidade e agropecuária forte, setores tradicionais que alavancaram a riqueza argentina, em vários países inclusive Brasil e México.


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