Puxados por uma retração de 6,3% da carne vermelha, os alimentos que compõem a cesta básica tiveram, juntos, uma deflação de 2,3% no mês de julho em Londrina, segundo o levantamento mensal dos preços dos produtos feito pelo Nupea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).
Segundo a pesquisa, feita em onze supermercados de Londrina no último dia útil de julho (sexta, 31), o custo médio da cesta básica para uma pessoa em Londrina ficou em R$ 390,23, contra R$ 399,26 em junho deste ano. Já a cesta básica para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) ficou, em média, R$ 1.170,68.
Segundo o coordenador do Nupea, o economista Marcos Rambalducci, a retração no preço médio é resultado do peso que a carne tem na composição da cesta básica - no mês de julho, apenas este item representou 44% do custo médio total. "Se nós excluirmos a carne, vamos ver que os outros alimentos tiveram uma alta de cerca de 3%”, explica.
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Dos 13 itens que compõem a cesta básica, cinco tiveram alta, quatro tiveram queda e quatro tiveram variações de preços tendendo à estabilidade. Das altas, a maior foi a da banana, que custou 63% mais caro em relação a junho, seguida do tomate (10%), margarina (6,7%), óleo (6%) e leite (1,6%).
"O leite foi uma surpresa, porque estamos no período de entressafra e achávamos que haveria espaço para uma inflação de até 5%”, diz Rambalducci. De acordo com o economista, a produção de leite é prejudicada durante o inverno porque, com o frio, o gado bebe menos água e, consequentemente, produz menos leite. Por outro lado, com os pastos secos, a alimentação tem de ser feita em confinamento, com ração, o que aumenta os custos. Porém, apesar do tempo seco, a temperatura não caiu, o que deve ter mantido a produção leiteira em 2020.
Do outro lado, tiveram deflação nos preços a batata (-27,2%), o feijão (-16,9%), o café (-7,6%) e a carne. Pão, arroz, farinha e açúcar praticamente não tiveram variação.
A variação levada em conta é a média dos preços encontrados nos onze supermercados visitados. No estabelecimento mais caro, a cesta básica para uma pessoa custava, na sexta, R$ 430,19, 10,2% mais caro que a média. Já o estabelecimento mais barato vendia os produtos da cesta básica por R$ 358,22, 8,2% mais barato que a média.
No caso de o consumidor comprar o produto pelo valor mais barato encontrado, pagaria R$ 313,56, um valor 19,6% mais barato que a média.