O gás natural veicular (GNV), que já está à disposição do consumidor curitibano e foi lançado oficialmente ontem, vai proporcionar economia de até 60% aos motoristas de carros a gasolina e 50% para veículos a álcool. Por enquanto, o produto - muito menos poluente que os combustíveis tradicionais - está sendo vendido apenas no posto Chu (bandeira Ipiranga), inaugurado ontem.
A previsão é que até junho mais três postos - Pórtico, na Avenida das Torres; Tartarugas, no Prado Velho e Tração, na Vila Hauer - estejam comercializando o produto, fornecido pela Compagás (Companhia Paranaense de Gás). Até o final do ano, serão 15.
O gerente do Departamento de Desenvolvimento Automotivo da Ipiranga, Francisco Barros Júnior, disse que a empresa decidiu investir R$ 20 milhões este ano na distribuição de gás, animada com a oferta no mercado. Desde 1991, a Ipiranga investiu R$ 16 milhões. "Vamos investir em um ano mais do que injetamos em nove anos."
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A direção da Ipiranga calcula que existam cerca de 120 carros movidos a gás em Curitiba, o que deve aumentar graças às sete oficinas que fazem a mudança de motor. Segundo o presidente da Compagás, Antônio Fernando Krempel, a empresa já investiu R$ 60 milhões na implantação da rede de distribuição do Paraná.
Cálculos da Compagás apontam que, se os 2.254 taxistas de Curitiba optarem pelo gás natural, deixarão de ser lançados por mês 28 toneladas de poluentes na atmosfera.
O preço do GNV é bem mais atrativo: R$ 0,789 por metro cúbico, contra os R$ 1,60 médios do litro da gasolina e R$ 1,00 do álcool. O proprietário do posto, Manfred Schmidt, investiu R$ 750 mil para instalar as bombas e treinamento de pessoal.
Ontem, 200 síndicos de edifícios do Batel, Champagnat e Água Verde estiveram reunidos com representantes da Compagás, para falar sobre o início da implantação e do uso de gás natural em prédios residenciais.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, disse que a entidade ainda não tem um estudo do impacto do GNV no mercado. "Só teremos uma avaliação quando mais postos estiverem comercializando o produto." De acordo com ele, a médio e longo prazo os consumidores deverão sentir melhoria de preço, graças à competitividade.