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No Paraná

Centrais sindicais negociam crédito mais barato

Redação - Folha de Londrina
18 set 2003 às 20:34

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Uma equipe de integrantes da Força Sindical do Paraná estiveram nesta quinta-feira, em São Paulo, participando das negociações das centrais sindicais com o Banco Santander. As negociações começaram um dia após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter assinado a medida provisória que legaliza a concessão de crédito direto aos trabalhadores, com desconto em folha de pagamento.

De acordo com Sergio Butka, presidente da Força Sindical do Paraná, as centrais também vão negociar com outros bancos de projeção nacional. O objetivo é tentar reduzir ao máximo a taxa de juros que serão pagas pelo trabalhador. As centrais sindicais querem que os bancos limitem as taxas entre 2% e 2,5% ao mês. ''Mas parece que os bancos ainda não acataram essa proposta'', adiantou o sindicalista.

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Para Butka, as centrais sindicais entraram nessa negociação com os grandes bancos porque têm mais força para pressionar pela queda das taxas de juros. ''Com o desconto em folha, eles não terão risco de inadimplência, portanto não podem mais apresentar esse argumento para manter taxas tão altas'', justificou. No Paraná, a Força Sindical representa um milhão de trabalhadores e 10 milhões em todo o País. ''Acredito que os bancos vão atender as reinvindicações das centrais porque serão milhões de clientes sem risco'', declarou.

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Butka destacou que os trabalhadores usam bastante o cheque especial e, por isso, todas as conquistas salariais como pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), antecipações salariais, são drenadas para o mercado financeiro, em pagamento das altas taxas de juros.


O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Cid Cordeiro, alertou o trabalhador para que faça um planejamento orçamentário, caso seja efetivada a redução dos juros. Segundo ele, o trabalhador já paga taxas ao redor de 11% no cartão de crédito e 10% no cheque especial. Portanto uma redução para 2% a 3% seria ''bem-vinda''. O economista recomenda ao trabalhador fazer uma troca da dívida e não elevar as compras.

O empresário Jeferson Nogarolli, presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e da Agricultura do Paraná (Faciap), elogiou a MP. Ele acredita que o a acesso a linha de crédito com juros mais acessíveis irá permitir que o trabalhador dobre o atual volume de compras, o que deverá dinamizar o movimento no comércio e na indústria. Segundo o empresário, as empresas terão interesse em firmar convênios com os bancos.


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