O valor da cesta básica em Curitiba teve variação pequena em dezembro, de 1,02%, e fechou o ano com alta acumulada de 16,46%, totalizando R$ 152,18. Apesar dos alimentos terem puxado os índices inflacionários no segundo semestre de 2002, a variação dos alimentos básicos foi inferior a 2001, quando a cesta básica teve alta de 19,78% em Curitiba.
O preço dos alimentos básicos na Capital foi superior à inflação para as famílias que ganham de 1 a 11 salários mínimos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2002 ainda não foi confirmado, mas deve atingir 14,5%, de acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Os produtos que mais subiram de preço em 2002 foram a farinha de trigo, com variação de 80,41%, açúcar (72,84%), óleo de soja (68,57%), arroz (42,73%) e pão (38,06%). Dos 13 itens que compõem a cesta básica, apenas dois tiveram redução de preço em Curitiba em 2002: feijão (-7,17%) e tomate (-13,08%).
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Em dezembro, o produto que mais subiu em Curitiba foi a manteiga (29,17%), porque ainda não tinha repassado o aumento do óleo de soja, um dos insumos. O arroz subiu 19,85%, e o açúcar, 14,75%. Contrariando uma tendência dos últimos meses, o pão sofreu redução de 0,75%.
A cesta básica em Curitiba é a terceira mais cara entre 16 capitais pesquisadas, atrás de Porto Alegre (R$ 164,05) e São Paulo (R$ 158,73). A capital que tem os alimentos mais baratos é Fortaleza (R$ 119,39). De acordo com o Diesse, o custo mínimo com alimentação para uma família (um casal e duas crianças) foi de R$ 456,54 em Curitiba em dezembro, o equivalente a 2,28 salários mínimos. O salário mínimo teria que ser de R$ 1.378,19 para dar conta de todas as despesas de uma família, segundo o Dieese.