A cesta básica fechou em alta pelo terceiro mês consecutivo, em Curitiba. Em junho, o aumento foi de 3,78%. Dez dos 13 itens que compõem a cesta tiveram variação positiva. Os números foram divulgados, nesta quinta-feira, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).
"Em dois meses, a alta foi de 8,10%. Foi uma inflação muito alta e não esperada", comentou o supervisor técnico do Dieese-PR, Cid Cordeiro, referindo-se aos meses de maio e junho. A antecipação do inverno, com chuvas fortes e geada, foi um dos principais fatores que empurraram para cima os preços dos itens da cesta básica.
A capital paranaense tem a quarta cesta de alimentos mais cara do País, ao custo de R$ 168,94. A mais cara é Porto Alegre (R$ 183,08) e a mais barata Recife (R$ 132,30). A alimentação para uma família curitibana, composta por um casal e duas crianças, custou em junho R$ 506,82, sendo necessário 1,95 salário mínimo para satisfazer somente o gasto com alimentação.
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Para o Dieese, o salário mínimo capaz de satisfazer necessidades como educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, moradia, alimentação e previdência social, conforme determina a Constituição Federal, deveria ser de R$ 1.538,06.
Alta em dez itens: tomate e batata (11%), banana (12,87%), arroz (5,13%), farinha de trigo (4,93%), açúcar (4,82%), feijão (4,48%), leite (3,48%), café (1,44%) e carne (0,22%).