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Chrysler produz o último Dakota e fecha as portas

Redação - Folha do Paraná
19 abr 2001 às 21:01

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A linha de montagem da montadora Daimler/Chrysler, de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, produziu o último veículo Dakota, o de número 13.350. Os 250 funcionários da fábrica entram agora em licença coletiva remunerada por 60 dias. Apesar do fim da produção, a diretoria da Chrysler diz não se arrepender de ter se instalado no Estado e destinado o local para a produção da picape.

Para o diretor-adjunto de Comunicação Coorporativa da empresa, André Senador, quando a Chrysler se instalou no Paraná, em julho de 1998, o cenário automobilístico brasileiro era muito diferente. Senador recordou da expectativa do setor há cinco anos, que estimava uma produção de 2 milhões de veículos no ano 2000.

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Atualmente a produção de veículos no Brasil está em 1,1 milhão de unidades. Segundo Senador, em 97 a crise asiática derrubou mercados e prejudicou a Chrysler antes mesmo dela se instalar. Porém a expectativa do mercado em 98 era de que nos dois anos seguintes o setor reagisse. Não foi o que aconteceu, motivado pela desvalorização do real em janeiro de 99. "Esses fatores macroecônomicos mudaram profundamente o cenário", opinou.

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Por causa disso, Senador disse que a produção de um veículo mais caro e específico para um público, como a Dakota, ficou prejudicada. "As crises diminuíram o poder aquisitivo da população, e a produção se concentrou em carros de menor valor. O volume de vendas da Dakota não justificou mais a sua produção", afirmou.


Senador reafirmou que a direção ainda não definiu o que vai ser feito com a fábrica após o período de licença dos trabalhadores. Mas se a montadora parar a produção definitivamente, será obrigada a pagar ao Estado uma multa de R$ 100 milhões. "Logicamente queremos desenvol ver mais atividades, e não reduzí-las." Segundo ele, eles não iriam passar tanto tempo estudando alguma solução se houvesse intenção de fechar a fábrica.

A Federação dos Trabalhadores em Montadoras do Paraná formou com os trabalhadores uma comissão que vai acompanhar o processo de decisão sobre o futuro da fábrica.


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