Ficou aquém da expectativa a adesão dos funcionários às ações do Banestado. Apenas 85% dos bancários decidiram comprar ações do banco vendido ao Itaú, ao contrário da previsão inicial feita pelo Clube de Investidores Grazul. O Grazul estimava haver uma participação de até 98% dos funcionários, que teriam de se manifestar até ontem. As ações que sobraram e que representam 15% do controle acionário deverão ser compradas pelo Itaú, o novo dono do Banestado.

Os funcionários têm até o dia 21 de novembro para fazer o pagamento das ações que foram reservadas junto à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Eles terão de depositar R$ 182,4 milhões, o que será feito pelo Grazul. Somente, então, a operação se consolidada e o Itaú poderá definir o que fará com o restante de ações. O banco tem a preferência de compra.

Ao todo, os funcionários do Banestado compraram 57 milhões de ações. Cada um teve o direito de adquirir 10 lotes de 606 ações, o que representou um desembolso de R$ 1.871,45. As ações foram compradas por R$ 0,32, ou seja, pela metade do preço de face. Os funcionários já tem um comprador garantido das ações. O Itaú é obrigado a comprar os papéis pelo valor real, que é de R$ 0,64, no prazo de um ano. Se o funcionário não quiser vender, as ações poderão ser negociadas posteriormente na Bolsa de Valores. Segundo o Itaú, muitos aposentados não fizeram a adesão às ações.