Com o objetivo de criar um ambiente de negócios qualificado e fazer a roda da economia local girar, o Compra Londrina, estratégia que ganhou força junto ao Plano Municipal de Retomada Econômica, começou a mostrar bons resultados. O programa vem incentivando e criando oportunidades para que as pequenas empresas retomem os planos de negócios, após dois anos de incertezas e prejuízos causados pela pandemia do coronavírus.
O estímulo é para que os empresários locais disputem nas licitações de compras em órgãos públicos. Um trabalho que requer alguns primeiros passos, já que boa parte do público-alvo nunca participou de um processo licitatório antes e/ou possui pouco conhecimento sobre.
Sendo assim, a inciativa conta com um serviço de Telecompra, ou seja, uma busca ativa feita junto às empresas quando uma licitação está prestes a ser lançada. Para que as empresas possam participar com mais chances de vencer o processo, um conjunto de licitações conta com uma regra de preferência para empresas locais ou da região metropolitana. A medida é legal e amparada pelo decreto municipal 753/2017, que institui o programa.
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“Com esta regra de preferência, as empresas de fora não conseguem disputar, ao menos que nenhuma empresa de Londrina entre na disputa. Fizemos uma lista de 50 produtos e serviços locais que podem ser negociados junto à prefeitura como, por exemplo, flores, manutenção de ar-condicionado, lanches, refeições, papelaria, entre outros”, explica o coordenador do Compra Londrina, Marcelo Frazão, ao citar que a Prefeitura de Londrina chega a comprar mais de R$ 300 milhões por ano, em todos os segmentos da economia. “De agulha a caminhão”.
Do zero
Para participar nas licitações, as empresas de Londrina são convidadas a participar de oficinas on-line para que aprendam "do zero" sobre todas as etapas, dinâmica e documentação. Em 2021, o Compra Londrina promoveu 16 oficinas para 152 empresas interessadas. Outra facilidade, segundo Frazão, é o pregão por videoconferência, através de um chat. “A empresa entrega os documentos e disputa em videoconferência. É diferente do pregão eletrônico e foi uma forma de facilitar o processo”, diz.