O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados (Siemarc), Jorge de Souza, disse ontem que não vai renegociar a jornada de trabalho dos empregados dos supermercados que entraram na Justiça para ficarem abertos no fim de semana. Nessa situação estão as redes Sonae e Wal Mart.
De acordo com Souza, o adendo no acordo coletivo de trabalho firmado entre o Siemarc e o sindicato patronal na última sexta-feira (no dia em que iria ser implantado o novo horário, que era de segunda a sábado das 8 às 22 horas, e aos domingos das 8 às 13 horas), prorroga a implantação do período de funcionamento para o dia 16 de julho, e por isso não haveria a necessidade das liminares. "A partir disso achamos que qualquer medida judicial significa que a empresa não quer mais negociar conosco", afirmou.
O presidente do Siemarc disse que pretende entrar em acordo com o sindicato patronal, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras). "Mas os benefícios reivindicados são inegociáveis", afirmou Souza. Segundo ele, de janeiro de 2000 a maio deste ano, o número de postos de trabalho nos supermercados diminuiu 20%, e assim o trabalhador da categoria ficou sobrecarregado.
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Como a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) não recebeu a tempo o adendo firmado entre o Siemarc e a Apras, os fiscais autuaram alguns estabelecimentos no fim de semana. O Sonae e o Wal Mart asseguraram o funcionamento durante o sábado e domingo passado por meio de liminares. "Nós estávamos apenas nos precavendo, mas isso não quer dizer que não vamos tentar uma solução com o sindicato", disse a diretora de Relações Públicas do Wal Mart, Lívia Azevedo. "A medida foi tomada para garantir o nosso direito de funcionamento, mas não anula a tentativa de negociação com o sindicato", afirmou o gerente de Comunicação do Sonae, Hudson José. As assessorias do Carrefour e do Extra não retornaram as ligações.