Mais duas empresas estrangeiras do setor de energia se credenciaram para visitar o "data-room" da Copel, pagando para isto o equivalente a US$ 35 mil. Os nomes estão sendo mantidos em sigilo, mas foi divulgada a informação de que uma delas é norte-americana. Com as novas participações, passam para seis os grupos que têm demonstrado interesse em participar do leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia, que está previsto para ocorrer no final de outubro.
Por enquanto, o governo divulgou os nomes apenas da espanhola Endesa, da francesa EDF (Eletricité de France), da canadense Hydro Quebec e da alemã RWE. Desse grupo, somente a Endesa agendou e teve o acesso às informações estratégicas da Copel. Técnicos e especialistas da Endesa permaneceram por cinco dias consultando os documentos da empresa e ainda estão em visita a algumas hidrelétricas.
Os demais interessados ainda não definiram a data para iniciar o trabalho de pesquisa, porém já pagaram a taxa imposta pelos organizadores do processo de privatização. O valor é estipulado com base num orçamento prévio que leva em conta gastos com pessoal, aluguel, infra-estrutura, despesas com deslocamento, entre outros.
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O acesso às informações é restrito a grupos que comprovem o real interesse em adquirir a Copel. As empresas precisam mostrar que têm cacife. Elas normalmente apresentam uma garantia financeira, que é exigido para eliminar possíveis especuladores ou exploração política. Para participar do ‘data-room’ é necessário ainda assumir um compromisso oficial de que as informações serão mantidas em sigilo.
O governo do Estado, acionista majoritário da Copel, e a própria estatal de energia podem processar empresas que tenham divulgado ou então tirado proveito próprio de informações sigilosas.