A estagnação da economia brasileira já começa a afetar resultados da balança comercial. As importações em julho registraram queda em todas as categorias de produtos, com uma redução total de 19,4% com relação a julho do ano passado e de 15,1% ante junho deste ano.
Já as exportações apresentaram uma queda mais suave de 1,9% ante julho de 2002 e de 9,6% em relação ao mês anterior.
Diante dessa maior retração nas importações, as exportações acabaram sustentando o superávit da balança comercial que registrou em julho US$ 2,057 bilhões.
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Nas importações, a maior queda foi registrada entre os bens de capital, com redução de 39,6% na comparação com julho do ano passado e 20,9% em relação a junho deste ano.
As importações de bens de consumo caíram 18,3% em relação ao ano passado e 12,5% comparadas ao mês anterior. No caso das matérias primas e bens intermediários, a queda foi de 6,3% comparada a julho de 2002 e de 17,9% sobre junho.
Apesar do resultado fraco das importações, o Secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, evitou tratar o resultado do comércio exterior como um desaquecimento da economia.
Ao ser questionado sobre o resultado das importações, ele afirmou apenas os "números mostram que os consumidores estão comprando menos".
O secretário explicou que as importações de bens de capital estão relacionadas ao processo de investimento, refletindo encomendas futuras da indústria. Já as matérias primas e produtos intermediários fazem parte do processo produtivo. Mas os bens de consumo refletem diretamente o consumo da população.
Na comparação com julho do ano passado, as exportações de produtos manufaturados cresceram 8,5%, as de semimanufaturados 4% e as de básicos caíram 18,2%.
No grupo de manufaturados as maiores altas nas exportações foram de gasolina (98%), e óleo combustível (37%). Entre os semimanufaturados, cresceram as exportações de óleo de soja em bruto (52%) e celulose (46%), entre outros.
Dos produtos básicos, houve alta nas vendas externas de carne bovina (45%), mas redução nos embarques de petróleo (-52%) e de minério de ferro (41%), entre outros.
Informações da Folha Online