A indústria paranaense, por enquanto, parece não ter sido afetada pela retração nacional na economia que foi desencadeada com a crise de energia e com os problemas da Argentina. O mês de maio foi de crescimento de 31,4% nas vendas industriais sobre abril.
O balanço feito desde o início do ano também indica resultados positivos, que se traduzem num aumento de 20,8% neste ano sobre os cinco primeiros meses do ano passado. Os resultados foram divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
A pesquisa é feita com base nas informações que todos os meses os sindicatos das empresas encaminham para a Fiep. Eles fornecem dados sobre o volume de vendas para o varejo, as compras de matérias-primas (índice que sinaliza como será o desempenho no mês seguinte) e a variação do nível de emprego. Há dados ainda sobre o destino das vendas, que em maio foram com mais força para outros países.
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A exportação teve crescimento de 108%, comprovando a tendência nacional. A desvalorização do real frente ao dólar tem feito os empresários redirecionarem seus negócios, abrindo espaço no exterior para comercializarem seus produtos. A indústria moveleira é uma das que mais tem aumentado sua exportação. A constante alta do dólar poderá abrir mais espaço ainda para o comércio exterior.
A indústria paranaense está operando hoje com faturamento 128% superior à média de 1992, quando a pesquisa da Fiep começou a ser feita. O valor é o mais alto registrado pela federação. Dezesseis dos 18 setores industriais apresentaram resultados positivos em maio. Na comparação dos cinco primeiros meses do ano, 13 gêneros industriais tiveram vendas superiores ao mesmo período no ano passado.
Os setores que tiveram maiores crescimentos em maio foram alimentos com 80%, produtos farmacêuticos com 28% e material de transportes com 25%. Os setores que tiveram as maiores quedas foram vestuário e calçados com redução de 1,2% e bebidas com 0,5%.
O nível de emprego dos cinco primeiros meses do ano seguiu a tendência das vendas e aumentou. A variação positiva foi 9,3%. Os números de maio sobre abril registram um crescimento de 4,6% no volume de contratações, o que representa a abertura de 15 mil vagas. Os setores da indústria química, alimentos e madeira foram os que mais contrataram. Houve demissão nos segmentos das indústrias de minerais não-metálicos, editorial e gráficos e vestuário e calçados.