A cesta básica de Curitiba subiu 7,28% em março e foi a sétima mais cara do País entre 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Dez dos 13 produtos que fazem parte do levantamento tiveram reajuste. Esse foi o terceiro aumento seguido da cesta que, no ano, já acumula alta de 9,18%. Nos últimos 12 meses, a elevação é de 9,85%. Em março, todas as 17 capitais tiveram aumento na cesta.
A maior alta ocorreu com o tomate que subiu 75,39%. O economista do Dieese, Sandro Silva explica que o produto está em período de entressafra. Nos últimos dois meses, já acumula alta de 105%. Em janeiro, o quilo do produto era vendido por R$ 1,63 e, no mês passado, custava R$ 3,35.
O segundo produto com maior alta foi o açúcar (+8,14%). Em dezembro, o preço médio do quilo deste alimento era R$ 1,89 e, em março, era vendido por R$ 2,39. Nos últimos três meses, o produto subiu 26,5%. A previsão é que o preço caia neste mês com o início da safra de cana-de-açúcar. Até agora, o valor do produto vem sendo pressionado também porque o preço internacional está alto e ainda pelo impacto das exportações.
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O leite ficou 6,93% mais caro. De janeiro a março já aumentou 17%. Em dezembro, o preço médio do litro era R$ 1,58 e em março foi a R$ 1,85. A elevação está relacionada a fatores climáticos.
Também subiram a carne (+4,61%), o feijão (+4,18%), o arroz (2,23%), o café (+1,53%), a farinha de trigo (+1,04%), o pão (+0,58%) e a batata (+0,45%). A maior queda ocorreu com a banana (-17,53%). Também caíram os preços do óleo de soja (-0,74%) e da manteiga (-0,11%).
Em março, o custo da cesta para uma família ficou em R$ 693,90. Para um trabalhador, o valor calculado é de R$ 231,30. O Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.159,65.
Silva prevê que a cesta deve ter nova alta em abril, mas em um patamar inferior ao de março. Segundo ele, a questão climática vai ser determinante para o valor da cesta do próximo mês.