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Economia

CUT propõe acordo para baixar juros

Redação - Folha de Londrina
16 jun 2003 às 21:11

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, propôs nesta segunda ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a negociação de um grande acordo entre governo, empresas, sindicatos e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para a redução da taxa de juros cobrada pelos bancos dos seus clientes.

Pelo acordo, os bancos reduziriam a taxa de empréstimo concedido aos trabalhadores das empresas do País. Em troca, para a garantia do pagamento do empréstimo, as parcelas seriam descontadas diretamente da folha de salários das empresas.

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Para o presidente da CUT, esse acordo permitirá uma redução da taxa de 9% a 10% ao mês, cobrada hoje nos empréstimos, para um nível inferior a 3%. Essa redução seria possível, segundo Marinho, porque haveria uma diminuição da taxa de inadimplência, que, segundo argumentam os bancos, seria um dos motivos para a cobrança de elevados juros.

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Segundo Marinho, foi acertado no encontro com Palocci a realização de uma reunião na quinta ou sexta-feira da próxima semana, no Ministério da Fazenda, com os representantes dos bancos públicos, Febraban e CUT para dar início à negociação do acordo. Nessa reunião, em princípio, seriam convocados apenas os representantes dos bancos, informou Marinho. Se os bancos aceitarem o acordo, aí sim seria iniciada uma negociação efetiva com as empresas, explicou.


Um banco privado, disse o presidente da central, já teria assegurado que, se houvesse a possibilidade de desconto em folha seria possível tornar os juros mais baixos para os clientes. Palocci, disse, teria acenado com a possibilidade de a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil também adotarem o mesmo procedimento. Ele acredita que estaria sendo criada condição de pressão para que outros bancos participem do acordo. ''Fazendo isso, os outros bancos vêm atrás, com certeza, por causa da competição'', disse.

Marinho criticou ainda os altos juros cobrados no cheque especial, que classificou como ''inconcebíveis'', e disse que os bancos têm responsabilidade sobre isso. Recomendou ainda aos trabalhadores que não utilizem o cheque especial.


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