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Demissões da Chrysler preocupam metalúrgicos

Redação - Folha do Paraná
06 set 2001 às 17:38

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Os metalúrgicos de Curitiba e região metropolitana estão preocupados com a demissão dos 186 funcionários da montadora Chrysler, que encerrou suas atividades no Paraná. De acordo com estimativas feitas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), cerca de 70% dos trabalhadores eram moradores de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, onde a empresa estava instalada, e teriam dificuldade de deslocamento para outros centros automobilísticos. Outro problema destacado foi a estagnação nas contratações e as demissões já registradas neste ano nas montadoras paranaenses.

De janeiro até agora, foram demitidos 1,06 mil metalúrgicos e contratados apenas 455. "A tendência é a de termos mais demissões ainda no setor automobilístico com o fechamento da Chrysler. Ainda teremos demissões na Volkswagem/Audi que sofre problemas conjunturais por causa do recuo nacional na produção automobilística", analisou Cláudio Gramm, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos.

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Para evitar perdas ainda maiores para os funcionários da Chrysler, o sindicato participa no próximo dia 12, de uma reunião com a Procuradoria do Trabalho para discutir indenizações trabalhistas, requalificação profissional e relocação dos funcionários para outras empresas do setor, como autopeças.

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"Sabemos que a relocação é muito difícil, já que o setor está parado. Não temos chances reais de contratação. Esta será apenas a primeira de uma série de conversas que teremos com a montadora e o Ministério Público do Trabalho", avaliou Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.


No quadro de demissões deste ano, a Audi fechou 12,56% dos postos de trabalho e fechará o terceiro turno a partir do dia 17. Atualmente, cerca de 605 metalúrgicos fazem o terceiro turno e serão relocados para outros horários.

A Renault foi a única que contratou funcionários, teve um aumento real de 20,75% de postos de trabalho. A Volvo teve 7,74% de demissões, as últimas ocorridas no mês passado quando 60 metalúrgicos foram dispensados. A Case New Holand demitiu 27,72% dos funcionários o que pode ser considerado como normal na montadora, que tem produção sazonal.


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