A bancada de oposição ao governao Jaime Lerner (PFL) na Assembléia Legislativa pretende usar todas as armas de que dispõe para impedir a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). A principal é a revogação da lei 12.355, de dezembro de 1998, que autoriza o Poder Executivo a vender a empresa - e foi aprovada pela Assembléia.
"Vamos tentar sensibilizar os deputados que apóiam o governo para conseguir votar uma lei revogando a venda da Copel", disse o líder da oposição, Orlando Pessuti (PMDB). A oposição deve contar com o apoio de um bloco que se diz independente e promete ter posições desvinculadas do Palácio Iguaçu.
Os deputados, que participaram de reunião ontem com o ex-presidente da Copel entre 1993 e 94, João Carlos Cascaes, já estão levantando dados sobre a Copel para a elaboração do projeto de lei. "A empresa é lucrativa e não concordamos com a alegação de que empresa pública tem dificuldades de competição", argumentou Pessuti. "E concordamos menos ainda com a utilização do dinheiro da venda para cobrir rombos de uma administração desastrosa", emendou.
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Caso a revogação da lei não seja possível, a oposição vai brigar pela aprovação de um projeto do deputado José Maria Ferreira (PSDB) que estabelece a venda da Copel somente após a realização de um plebiscito com a população.
A oposição também vai buscar o apoio da sociedade, organizando reuniões com entidades como a Federação da Agricultura do Paraná, Associação Comercial, Federação das Indústrias, Crea (Conselho Regional dos Engenheiros e Arquitetos), sindicatos de trabalhadores e universidades. "Queremos contar com a sustentação de toda sociedade", disse Nereu Moura, líder do PMDB na Casa.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná desta quarta-feira