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Dieese contesta o preço mínimo da Copel

Redação - Folha do Paraná
06 set 2001 às 19:00

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O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) contestou o preço mínimo divulgado pelo governo do Estado para o leilão de privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). De acordo com a avaliação feita por empresas contratadas pelo governo, a Copel valeria atualmente R$ 10,5 bilhões. Mas o montante que cabe ao governo do Estado, que é de 45% do capital total da estatal, varia entre R$ 4,3 bilhões e R$ 5,1 bilhões.

O supervisor técnico do Dieese, Cid Cordeiro, afirmou que foram usados critérios técnicos e políticos para a avaliação da empresa. Foram utilizados os balanços de fluxo de caixa dos últimos dez anos. Os dados do fluxo de caixa teriam sido subestimados. Já as necessidades de empréstimos e investimentos teriam sido superestimadas.

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"Poderia se chegar a um preço muito maior. Eles consideram sempre para a avaliação o valor contábil e não o patrimônio", analisou ele. O valor patrimonial da Copel chegaria, segundo estudos apresentados pelo economista, a R$ 25,5 bilhões.

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Cordeiro disse que o baixo preço interessa politicamente ao governo do Estado que terá ágio na venda da estatal e dirá que o leilão foi um sucesso, a exemplo do que ocorreu com o Banco do Estado do Paraná (Banestado) durante o processo de venda para o Itaú. "Para as empresas o ágio também interessa. As empresas descontam até 30% do ágio no valor do imposto de renda. Isso atrairá muito mais investidores e dará uma impressão errada para a população de que o governo do Estado saiu ganhando", denunciou.


Os estudos do Dieese revelam ainda que se a Copel fosse vendida pelo preço mínimo, em dois anos o governo do Estado não teria mais o dinheiro conseguido com a venda da estatal. A dívida mensal do Estado com a folha de pagamento de aposentados e pensionistas é de R$ 90 milhões. "Essa não é uma solução para as finanças do Paraná. Os recursos serão gastos em curto prazo", avaliou ele.

Para o governador Jaime Lerner, o leilão ainda nem aconteceu e os pessimistas já estão fazendo avaliações confusas sobre o montante de recursos. Ele enfatizou que o Estado precisava vender a Copel para cobrir os rombos deixados pelos governos anteriores, principalmente pelo governo Roberto Requião. "Queremos evitar rombos ainda maiores. Estou quase no meu último ano de governo. Não estou pensando em mim para privatizar a empresa. Estou pensando no futuro do Paraná", discursou.


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